O Eternauta 1969

O Eternauta 1969




Resenhas - O Eternauta 1969


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T.N.T.Rock 04/02/2024

Uma nova visão do Eternauta
Eternauta 1969, é um esqueleto da história clássica que saiu anos atrás, mas isso não desfavorece essa segunda versão. Oesterheld vai trabalhar seu texto calcado em uma realidade muito dura que Argentina vivia, ele mesmo infelizmente foi vítima dessas forças tenebrosas anos mais tarde.
A arte é de Alberto Breccia, que diferente de Solano Lopez artista da obra original, fez um trabalho magníficamente expressionista, algo que até hoje incomoda leitores acostumados com uma arte mais limpa e padrão.
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Lucas Lima 03/09/2020

arte absurda
"imaginamos que a experimentação pode ser perturbadora para as pessoas que temem as mudanças, a conscientização. essas pessoas talvez prefiram, como alternativa, o imobilismo, a espera de uma neve mortal."
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Danilo 26/12/2020

Obra quase literalmente atual.
A obra em si diz tanto que sobra pouco a acrescentar, minha crítica é basicamente ao fato de a HQ ser meio apressada, o que acabava resultando em momentos extremamente expositivos.
Minhas maiores críticas são em relação a edição.
A primeira e mais simples é apenas uma questão de edição, as bordas do prefácio e posfácio são enormes e o texto tá colado na costura, é horrível de ler, precisar forçar a abertura da HQ.
E o ponto que mais me incomodou, o Prefácio. Ele parece muito mais preocupado em levantar bandeira do que em contextualizar a obra e onde ela foi concebida (e essa contextualização é extremamente importante de ser feita). Não há necessidade de ficar criticando Bolsonaro abertamente, isso além de deixar o texto datado, enviesa a leitura e subestima o leitor.
Estamos imersos em caos e o cara não acha que quem ler vai ser capaz de fazer o paralelo.
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Animal Noturno 28/10/2021

Qualidade suprema!!!
Se essa história fosse feita por um europeu ou por um Ianque, certamente já teria sido adaptado para o cinema a muito mais tempo, parece que agora a Netflix vai investir ???
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Clóvis Maia 18/05/2022

O retorno
Aqui temos uma reescrita do roteiro original. Com um detalhe: a arte aprofunda ainda mais a narrativa e o texto fica ainda mais denso. Detalhe: na obra original temos uma invasão alienígena. Ok. Na ocasião havia uma metáfora para a ditadura que se instalara na Argentina e na em toda a América Latina. Nessa versão o autor vai além, colocando as grandes potências como negociantes junto aos invasores. Ou seja, a burguesia mundial deu de brinde os países mais pobres para serem invadidos e dizimados.
O compromisso do autor com a democracia não ficava só nas palavras.

Leitura obrigatória.
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Jose 23/03/2023

O Eternauta é um dos maiores clássicos dos quadrinhos argentinos. Escrito por Héctor G. Oesterheld e desenhado por Francisco Solano Lopéz entre 1957 e 59, consagrou-se como uma das mais aclamadas obras de ficção científica de todos os tempos. Mas não é desse Eternauta que vou falar, e sim sobre O Eternauta 1969, um “remake” da obra original escrito pelo próprio Oesterheld mas desenhado pelo gigante Alberto Breccia, lançado pela Comix Zone.

A história começa em Buenos Aires, com um quadrinista recebendo a visita de um ser que se materializa na sua frente. Esse ser é Juan Salvo, que conta uma história inacreditável: uma invasão alienígena acontece e flocos de neve que matam ao menor toque começam a cair do céu. Para se salvar, os países de primeiro mundo vendem a América Latina para os invasores e cortam qualquer tipo de resgate ou ajuda. O desenrolar do quadrinho inteiro se passa pelo relato de Juan, que conta desde o primeiro momento da invasão até quando ele se torna o Eternauta.

Quanto ao desenho, as diferenças são grandes entre o original e o remake. O traço do Solano Lopéz é mais realista e característico dos quadrinhos da época, mas a versão de 69 aposta num estilo mais abstrato. O preto e branco dominam as páginas do gibi e diversas formas são deixadas a cargo da nossa imaginação. A atmosfera é mais sombria, mostrando a desolação dos personagens em meio ao caos total. Isso combina com o tom mais político dessa versão, nascido da inquietação de Oesterheld sobre a ditadura argentina que ocorria na época. Já o argumento é bem escrito e expositivo, típico da época.

O quadrinho é repleto de informações adicionais, com um texto de abertura sensacional escrito por André Pereira de Carvalho e um texto no final por Guillermo Saccomono e o quadrinista Carlos Trillo. Esses textos nos contextualizam sobre o desaparecimento de Oesterheld na ditadura e problemas editoriais com a revista responsável pela publicação dessa versão. Mas infelizmente há alguns erros de revisão.

O Eternauta 1969 é uma versão necessária, que sutilmente denuncia as injustiças de um regime militar cruel e escancara o descaso da Europa e os EUA com a América Latina. Uma ótima obra.

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leandrobuas 20/05/2021

Leitura Importante!
Influenciado por A Guerra dos Mundos de H.G. Wells, Héctor Germán Oesterheld publica, entre 1957 e 1959, O Eternauta. Nesse clássico dos quadrinhos mundiais, originalmente ilustrado por Francisco Solano López, acompanhamos a invasão de Buenos Aires por uma raça extraterrestre conhecida como "Eles". Ao longo da trama, repleta de reviravoltas e personagens incríveis, o protagonista Juan Salvo resiste a alienígenas, viaja no tempo e, apesar de si mesmo, se torna o legatário final de toda a humanidade. Dez anos depois, em 1969, à convite da revista Gente, Oesterheld se debruça novamente sobre seu magnum opus e nos oferece um remake abrangente. Os desenhos desta nova versão ficam a cargo do uruguaio Alberto Breccia, com quem Oesterheld havia colaborado em outras obras, como Mort Cinder e Sherlock Time. O autor não apenas muda a história em detalhes, dando a ela um tom político mais acentuado, como o estilo surreal de colagem de Alberto Breccia cria um mundo totalmente novo, mais sombrio e distópico. O Eternauta 1969 não é apenas uma grande obra de ficção científica, é um documento contemporâneo de alta tensão da esquerda argentina do final dos anos 1960, finalmente publicado no Brasil pela editora Comix Zone.
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Sueli Yano Suga 23/05/2021

Bom, mas corrido demais
Gostei da estória, pois gosto de ficção científica, porém senti falta de aprofundamento. A estória é tão boa que daria para detalhar mais, aprofundar. Agora fiquei curiosa em ler a versão da Martins Fontes.
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Toni Bernardes 30/12/2021

Finalmente li essa belezura!
Foi meu primeiro Breccia, e confesso que em alguns momentos me perdi tentando entender o que tava acontecendo, mas mesmo assim, fiquei de queixo no chão do começo ao fim com a arte dele! Gostei demais da história como um todo também, os vários momentos que a gente vê e percebe elementos reais sendo retratados dentro da história, mesmo sentindo que às vezes ela dava uma acelerada. As metáforas então criticando todos os problemas socio-políticos da época e que funcionam ainda hoje são de entristecer, mas de impressionar também, por não ficar nada forçado, independente de ser sutil ou não. Fiquei com gostinho de mais, tanto do Eternauta quanto do Breccia.
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Gabriel 01/05/2020

Arte e história
O posfácio mostrando o paralelo da revista gente com a genialidade dos autores vale quase toda a revista...
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Blur 09/05/2020

O Eternauta - Sempre a procura...
Tirando toda a parte política que envolve o autor e a época em que a historia foi publicada, a HQ apresenta uma história interessante de ficção científica que poderia ser abordada com mais profundidade. Uma pena que não houve continuação. A arte em preto e branco é um bom diferencial. HQ recomendada para quem gosta de ficção científica.
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João Viktor 10/10/2020

"America do Sul entregue ao invasor..."
Hq pra mostrar pra aquele nerd chato que reclama de gibi com política.
Primeiro gibi que leio da editora Comix Zone e já a considero uma das melhores no Brasil. Oesterheld cria uma história cheia de metáforas e críticas à ditadura argentina que te prende do começo ao fim. A arte do Breccia é caótica e experimental, combina muito com o cenário meio pós apocalíptico da história.
Infelizmente não é mais longa por interferência do editor de uma revista fresca.
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Rafael.Montoito 21/12/2020

"Los hermanos" contra o fim do mundo
"O Eternauta" é uma HQ argentina escrita pelo autor argentino Héctor Germán Oesterheld com arte de Alberto Breccia que, não obstante ser da década de 60, desvela alguns dos problemas ainda atuais da América Latina.
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Do modo como só algumas obras atingem a atemporalidade, essa denuncia o modo como os países ricos e poderosos enxergam a América Latina por meio da narrativa sufocante de uma invasão alienígena. Primeiro cai uma neve que mata instantaneamente quem por ela é tocado e, depois, alguns poucos sobreviventes descobrem que há regiões do globo que entregaram o terceiro mundo como moeda para sua própria sobrevivência - ou seja, não apenas os alienígenas são impiedosos, mas os próprios homens são sem escrúpulos.
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A esperança é Juan Salvo, um eternauta, um viajante no tempo, que aparece para si mesmo, que em princípio não o reconhece. Ele o adverte do que irá acontecer e, quando a neve começa a cair, sua versão do tempo presente fica com seus amigos, Favalli, Lucas e Polski, todos acadêmicos, isolados com sua família, em casa, traçando estratégias de sobrevivência que culminarão numa cena fantástica no estádio da Bombonera.
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Se, à época da publicação, a história era uma metáfora para a repressão da ditadura argentina, hoje ela se presta muito à representação dos grupos intolerantes e do neoliberalismo, que esmaga os mais fracos, sejam eles pessoas ou nações.
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As ilustrações de Breccia causam estranheza ao leitor, que se perceberá "forçando os olhos" para entender algumas cenas. Talvez isso também seja parte constituinte da mensagem da obra: é difícil habituar-se e enxergar o brutal.
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Giordano.Sereno 13/02/2021

História espetacular e arte confusa
Achei a história fantástica. Foî um veículo importante que os autores utilizaram para publicar críticas em meio a uma ditadura que cerceava a liberdade de expressão.
Mas, eu me permito separar forma e conteúdo (por mais criticavel que isso possa parecer). Não gostei da arte. Achei confusa. Tem alguns quadros que são difíceis de entender.
Inclusive, nos extras, há um artigo que cita uma carta de um leitor enviada à revista onde a obra foi publicada em 1969. Esse leitor traz a mesma opinião: arte confusa e quadros inteligíveis.
Segundo o artigo, esse suposto leitor era na verdade um subterfúgio do editor da revista que estava incomodado com o conteúdo da história. E disfarçou sua opinião criticando a forma.
Bom... De fato gostei bastante do conteúdo da história. Mas a arte me incomodou. Julguem-me!
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Victor.Carvalho 17/10/2019

Este livro nos apresenta a história de um eternauta, pessoa que vaga eternamente no tempo. Inicia-se com uma neve caindo e matando todos os que a encostam. A partir dai, os personagens principais tentam sobreviver a essa situação e descobrir o que está de fato acontecendo. Essa história é um misto de ficção-científica e mistério.
É uma otima pedida para quem gosta de uma boa ficção-científica.
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