Que amor de criança!

" - Dize-me uma coisa: tu és feliz? - perguntou a Sra. de Moneclair à menina.
- Não, minha tia.
- Por quê, minha menina?
- Porque a mamã briga comigo e também a criada e até a mamã castiga-me desde algum tempo.
- Ah!,.. Tu és então muito dócil?
- Nem sempre, minha tia.
- Muito meiga?
- Não tanto como querem.
- Muito obediente?
- Só quando eu o quero ser.
- Vejamos: tu não és nem dócil, nem meiga, nem obediente; então, não me admira que a tua mamã e a tua criada briguem contigo algumas vezes. Mas, ao menos, és atenciosa com a mamã e prudente com a criada, não é assim?
- Oh não, minha tia, sobretudo quando me enfadam.
- Ah!... ah! Além de não seres nem dócil, nem meiga, nem obediente, também não és atenciosa, nem prudente. Compreendo agora por que a tua mamã briga contigo e castiga-te... De certo que não deve ser agradável ouvires broncas e ser castigada.
- Com certeza, minha tia. É horrível!
- Tens razão! No entanto, quando eu o merecia, era forçoso ceder: uma criança não é nunca o mais forte!"

Infantojuvenil