"Houve um tempo em que o desejo sexual transpôs os limites da espiritualidade reclusa. Os homens procuraram profanar os conceitos de virtude que os oprimiam e aos quais se submetiam num próprio ato irreverente de maculacão. Como poucas vezes, a interdição sexual teve a função de afrodisíaco. Era preciso degradar o fascínio do mal; espiritualizar o corpo e erotizar a alma. Para isso, nada como buscar o prazer na escuridão dos conventos."
Ana Miranda no ensaio introdutória fala de um tempo em que os convento não abrigavam somente as predestinadas vocacionais, mas também as arrebatadas jovens de família.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias