O texto nos leva a refletir sobre as mudanças ocorridas no pós-guerra e o
impacto causado no contexto sócio familiar, diante de um processo de industrialização,
onde milhares de famílias deixaram o campo em busca de melhores condições de
trabalho nas cidades, o que ocasionou aglomeração sem planejamento e aumento
significativo nas expressões da questão social.
Neste contexto, famílias inteiras não conseguem mais oferecer a seus membros a
proteção e o amparo de que necessitam, não por incapacidade ou negligência, mas pela
desresponsabilização do Estado que atende majoritariamente aos interesses do capital.
Levando a famílias a adotar mecanismos de sobrevivência, uma delas é o abandono ou a
entrega de um filho que consequentemente ocasionará a perda do poder familiar.