Radicci, em italiano, significa raízes. Foi criado em 1983, nas páginas do jornal Pioneiro de Caixas do Sul, para ser uma espécie de anti-herói da serra gaúcha. É baixinho, grosso, preguiçoso, machista, peidorreiro e gritão. Amante do vinho e da farra, inimigo mortal do trabalho. Genoveva é sua mulher. Um obstáculo entre ele e o garrafão de vinho. Seu norte, sul, leste e oeste. Guilhermino é o figlio. Ecologista, surfista, naturalista, eterno universitário e canguru (vive na bolsa da mãe). Contraponto ao pai caçador, fascista, e com hábitos alimentares exagerados.
Ainda tem o Nono, o velho esperto. Ninguém sabe se é o avô da Genoveva ou do Radicci. Nem ele. Tem uma moto e foi piloto de caça na Segunda Grande Guerra. Não lembra para qual lado. Como tem um Messerchmit BF 110 no paiol, desconfia que foi para a Luftwaffe.
Esse livro é uma reunião de tiras publicadas na imprensa, sem preocupação de datas ou cronologia. Uma zona, mas rural.