Rasga Coração

Rasga Coração Oduvaldo Vianna Filho


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Rasga Coração


Edição especial: 2 volumes




Última peça escrita por Oduvaldo Vianna Filho, Rasga coração foi finalizada no ano da morte do autor, em 1974. Obra prima da dramaturgia brasileira, a peça foi censurada e impedida de ser encenada até 1979, quando pôde finalmente ir aos palcos sob direção de José Renato.

Manguari Pistolão, protagonista do drama, é funcionário público e militante do PCB. Casado com Nena, trabalha duro para garantir o futuro de seu filho, Luca, de quem diverge politicamente dadas as posições orientalistas típicas da contracultura da década de 1970, às quais o filho é adepto. O clímax da peça se dá quando Luca, proibido de frequentar a escola de cabelo longo, arma um plano de resistência junto com os colegas e com sua namorada Milena. Manguari, entusiasmado com a luta política do filho, auxilia-o com ideias. De início Luca concorda com o pai, mas, contestado pela namorada, que é a favor da ação direta, acaba por desistir do plano.

O conflito entre pai e filho evoca o passado de Manguari, que, quando jovem, também discordara do pai, Custódio Manhães, um brigadista sanitário alinhado com ideias integralistas. A peça apresenta, entre focos de luzes e músicas de época, dois eixos históricos distintos: passado e presente. Usando a técnica da colagem, Oduvaldo Vianna Filho, rememora mais de setenta anos de história brasileira, passando pela Revolta da Vacina, tenentismo, integralismo, era Vargas, regime militar e contracultura.

Para que pudesse apresentar tamanho panorama histórico, Oduvaldo Vianna Filho pesquisou durante mais de um ano na Biblioteca Nacional. Com ajuda da jornalista Maria Célia Teixeira, registrou manchetes, anúncios, músicas, paródias e piadas, nomes de remédios, provérbios, gírias e expressões e rascunhos de falas de seus personagens. Todo esse rico material foi compilado no Dossiê de pesquisa, que nesta edição especial acompanha o livro da peça e dá ao leitor a oportunidade de vasculhar os bastidores de criação do dramaturgo e ver de perto o Brasil a partir da década de 1910.

Organizados pela professora Maria Sílvia Betti, os dois volumes trazem textos críticos de apresentação, posfácio, fichas técnicas das apresentações das peças, além de fotografias das montagens e fac-símiles inéditos dos datiloscritos do autor.

Artes / Drama / Literatura Brasileira / Política

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on 8/6/15


Vianinha pretende fazer uma dramaturgia que tematiza o novo e o tradicional. Através de recortes, o autor passa por três gerações diferentes - o avô, o filho e o neto -, sempre focando em situações de luta. Ressaltando planos de memória do personagem central Maguary Pistolão, contrastando com o momento presente. O seu filho é a figura que contraria as suas expectativas e desejos, é o personagem de maior embate; ele diz que o pai foi revolucionário, porém conservador. Fiquei curiosa... leia mais

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