A velha frase clichê que “mulher que apanha é mulher de bandido” foi derrubada com a pesquisa realizada pela doutora Valéria Cristina Vilhena, da Universidade Metodista de São Paulo. Ela descobriu que cerca de 40% dos relatos colhidos pela instituição Casa Sofia, que oferece apoio às mulheres agredidas, é da religião evangélica. O âmbito familiar, as tradições severas e o machismo dentro e fora das igrejas são grandes fatores que desencadeiam esse número surpreendente. Graças à criação da Lei Maria da Penha, que entrou em vigor há dez anos no Brasil, e com o crescimento das redes sociais, a violência doméstica contra as mulheres vem sendo bem mais debatida. Porém, ainda não é o suficiente, pois a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil. Mas quem são essas mulheres? Elas têm religião? E até que ponto a religião explica ou promove essa situação? Essas são algumas das muitas perguntas levantadas — e respondidas — neste livro-reportagem.
Não-ficção