"Mirrorshades", 1986. Desde a Nova Vaga da Ficção-Científica que, como movimento, se impôs na década de 60, que não surge um livro tão ousadamente inovador como Reflexos do Futuro, de Bruce Sterling. Pode afirmar-se que, com esta obra, Sterling atinge o acúmen da imaginação, classificando-se como um dos melhores autores modernos neste género literário. Beleza e tecnicidade - ou, talvez, tecnologia - dão-se as mãos nos contos de Sterling, propondo-nos temas de carácter universal nos quais se espelham uma invulgar ou quase inimaginável inteligência e uma extraordinária argúcia criativa. Reflexos do Futuro é uma obra maior da literatura de antecipação e um jogo no qual um dos parceiros, porventura o mais privilegiado, é o leitor. Não é sem razão que os autores que Sterling apresenta são conhecidos como o grupo dos Neuromatics, uma geração amplamente inovadora que o próprio Isaac Asimov fez incluir no seu célebre magazine de ficção-científica.
Ficção científica