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República (Coleção História Geral do Rio Grande do Sul #3)


República Velha (1889-1930) - Tomo 2




A República Velha, ou Primeira República, corresponde a um período de descobertas relacionadas à identidade cultural gaúcha. Personagens como Gaspar Silveira Martins, Júlio Prates de Castilhos, Antônio Augusto Borges de Medeiros, Getúlio Dornelles Vargas dentre muitos outros emprestaram seus nomes às cidades, logradouros públicos, instituições diversas e ainda hoje povoam o imaginário coletivo. A Revolução Federalista consubstanciou-se num dos episódios mais dramáticos e sangrentos. O desfecho dessa guerra civil deu a vitória ao Partido Republicano Rio-Grandense e ao castilhismo corrente política e ideológica em torno do líder Castilhos, sucedido por Borges de Medeiros. Estabeleceram-se relações urdidas entre a hierarquia católica rio-grandense e as facções integrantes da clivagem político-oligárquica gaúcha. Muitos fatos marcaram esse período em vários setores como o político, o econômico, o artístico e o musical.
A República Velha, ou Primeira República, corresponde a um período onde muitas questões relacionadas à identidade cultural gaúcha foram matizadas. Personagens como Gaspar Silveira Martins, Júlio Prates de Castilhos, Antônio Augusto Borges de Medeiros, Joaquim Francisco de Assis Brasil, Raul Pilla, João Neves da Fontoura, Oswaldo Aranha, José Antônio Flores da Cunha, Getúlio Dornelles Vargas dentre muitos outros emprestaram seus nomes às cidades, logradouros públicos, instituições diversas e ainda hoje povoam o imaginário coletivo. Conflitos como a Revolução Federalista (1893-1895) deflagraram numa avalanche de insubordinação que mobilizou o Exército Brasileiro; combaliu as finanças nacionais e repercutiu nos países vizinhos. Ocorrendo, cronologicamente, a superação de todos com a Revolução de 1930. Muitos fatos marcaram esse período: O positivismo instalou-se como ideologia e política governamental; o catolicismo e o castilhismo convergiram na crítica ao liberalismo; a imprensa inseriu-se na luta política e ocorreu a introdução de novas tecnologias; O panorama musical ganhou impulso com as “Associações Musicais”. Criaram-se conservatórios e escolas de música. O cinema se estabeleceu como nova técnica de produção visual, nova atividade de entretenimento, produto mercantil e artístico, espaço de constituição e cruzamento de práticas e de representações sociais. As artes plásticas se inseriram nos processos de modernização e urbanização.
A República Velha, ou Primeira República (1889 a 1930), corresponde a um processo histórico do Rio Grande do Sul, onde muitas questões relacionadas à identidade cultural gaúcha foram matizadas. Na época, o estado deu considerável salto de desenvolvimento econômico; a malha ferroviária expandiu-se; abriu-se a barra do Rio Grande; construiu-se um porto marítimo; o comércio e o sistema financeiro expandiram-se; a industrialização corporificou-se; a agricultura diversificou-se e o processo de urbanização foi impulsionado, especialmente em Porto Alegre. Tal efervescência foi percebida nas artes e na cultura, em menor ou maior grau, mas foi a política que condensou os grandes debates e embates. Personagens como Gaspar Silveira Martins, Júlio Prates de Castilhos, Antônio Augusto Borges de Medeiros, Joaquim Francisco de Assis Brasil, Raul Pilla, João Neves da Fontoura, Oswaldo Aranha, José Antônio Flores da Cunha, Getúlio Dornelles Vargas dentre muitos outros emprestaram seus nomes a cidades, logradouros públicos, instituições diversas e ainda hoje povoam o imaginário coletivo, suscitando paixões, dividindo opiniões. A radicalização da política no Rio Grande, após a proclamação da República, encharcou todos os poros da atividade social. Mesmo quando a vida parecia seguir seu curso normal, o espectro da guerra e da violência política insinuava-se no horizonte aterrorizando a memória. A Revolução Federalista (1893-1895) consubstanciou-se num dos episódios mais dramáticos e sangrentos. Chegou a conflagrar três Estados da nascente Federação, numa avalanche de insubordinação que levou ao cerco naval e bombardeio da capital federal; mobilizou o Exército Brasileiro; combaliu as finanças nacionais e repercutiu nos países vizinhos. O desfecho dessa guerra civil deu a vitória ao Partido Republicano Rio-Grandense e ao castilhismo corrente política e ideológica em torno do líder Castilhos, sucedido por Borges de Medeiros. Outros conflitos foram deflagrados durante a República Velha, ocorrendo a sua superação, cronologicamente, com a Revolução de 1930. O positivismo, especialmente a doutrina castilhista, instalou-se como ideologia e política governamental e exerceu influência sobre os espaços culturais e políticos. Estabeleceram-se relações urdidas entre a hierarquia católica rio-grandense e as facções integrantes da clivagem político-oligárquica gaúcha. O catolicismo e o castilhismo convergiram na crítica ao liberalismo. O processo de urbanização foi impulsionado, especialmente em Porto Alegre. Ocorreu a efervescência das artes e da cultura. Instalaram-se equipamentos de saúde fundamentados na cientificidade, ocorrendo tensão entre ciência e costumes, assim como entre o positivismo e a profissionalização da medicina. O fenômeno da violência urbana atingiu a criança e o adolescente, e teve um dos seus aspectos mais dramáticos no trabalho infantil. A capital dimensionou novas sociabilidades e sensibilidades cotidianas na conjuntura de emergência da modernidade burguesa. Definiram-se políticas para a gestão do espaço urbano porto-alegrense, marcado pelos projetos arquitetônicos e grandes obras urbanísticas. Os imigrantes estrangeiros potencializaram suas presenças no comércio e na indústria. O panorama literário sul-rio-grandense enfatizou a sua tendência regionalista. A literatura contribuiu no debate sobre a identidade regional. A educação associou-se ao projeto de desenvolvimento econômico liderado pelos dirigentes de orientação positivista, transformada em instrumento fundamental de construção da cidadania nos moldes capitalistas. A imprensa inseriu-se na luta política e ocorreu a introdução de novas tecnologias. Surgiram diversos veículos, com diversidade de práticas e modelos jornalísticos. O panorama musical ganhou impulso com as “Associações Musicais”. Promoveram-se concertos de amadores, giras de solistas internacionais. Criaram-se conservatórios e escolas de música. A difusão musical apoiou-se em novas tecnologias, como o gramofone, a eletrola e o rádio. Os principais teatros transformaram-se em espaços de sociabilidades e núcleos catalisadores da cultura. A fotografia firmou-se como elemento da modernidade, vinculada à idéia de progresso, com intenções documentais. O cinema se estabeleceu como nova técnica de produção visual, nova atividade de entretenimento, produto mercantil e artístico, espaço de constituição e cruzamento de práticas e de representações sociais. As artes plásticas se inseriram nos processos de modernização e urbanização, e também tematizaram o regionalismo e as identidades locais.

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