Num domingo de verão, um homem está lendo 'O livro do desassossego' debaixo de uma amoreira numa Quinta de Azeitão e, de repente - por um sortilégio, por uma alucinação encontra-se em Lisboa. Está um dia tórrido, a cidade está quase deserta. O homem começa a percorrer a cidade à procura de pessoas e coisas que desapareceram da sua vida (um amigo, uma mulher, o pai, um poeta, uma casa, uma pintura), dos quais quer despedir-se pela última vez. Mas no seu percurso vai encontrar, alucinadamente, mortos e vivos no mesmo plano. O livro fala da morte quase com alegria, é um bizarro 'requiem' e simultaneamente uma errância, um sonho, uma extravagência. Trata-se também de uma homenagem a Portugal, um percurso lisboeta, um ato de afeto do escritor estrangeiro que quis escrever esta obra em português.
Literatura Estrangeira / Romance