Neste livro, o autor mobiliza, entre outros, saberes próprios da sociologia da cultura, crítica literária, histórias das idéias, da filosofia e política, para apreender o nexo cultural e social, ou melhor, a experiência intelectual responsável pelo moderno renascimento da dialética. A partir de um acompanhamento da vida intelectual que se estende do fim da Idade Média aos nossos dias, de Montaigne a Heidegger, Arantes - além de situar melhor os pouco compreendidos papel e lugar social dos intelectuais - esboça, por meio de uma comparação entre vários gêneros da dialética, um sistema de diversas modalidades de vias 'retardatárias' da modernização capitalista.