Às vezes, um livro é só um livro. Às vezes, ele nos entrega um novo propósito. Depende de como o lemos, do momento em que estamos, do que se passa ao nosso redor. Se você faz parte do intrínsecos há algum tempo, certamente já se encontrou nas histórias que compartilhamos. Se chegou agora e, principalmente, se chegou agora e é mulher, definitivamente vai se encontrar em algum aspecto de Rede de sussurros, de Chandler Baker: uma ficção que nasceu embalada pela potência do movimento #MeToo e todas as iniciativas femininas de proteção coletiva que vieram à luz após seus desdobramentos. Na revista intrínsecos 011, falamos dessas redes de apoio e da empatia que as mantém vivas - temas dos textos da jornalista Mariana Filgueiras e da escritora Joice Berth. Exploramos também os lugares profissionais não óbvios para o feminino, ocupados por mulheres para quem o óbvio jamais será a regra. Dois deles em especial: o futebol (enquanto fechávamos esta edição da revista, o Brasil vencia a Itália por 1x0 na Copa do Mundo de Futebol Feminino e Marta se tornava a maior artilheira da história dos Mundiais) e a cobertura fotográfica em áreas de guerra e conflitos, representada aqui pelas lentes de grandes fotojornalistas, como a vencedora do Pulitzer Lynsey Addario e a brasileira Ana Carolina Fernandes. Como contraponto de leveza, Helô D'Angelo mostra sua divertida - e crítica - série de quadrinhos sobre mulheres e letras de música brasileiras.
A revista Intrínsecos é uma publicação exclusiva do clube de assinatura da editora Intrínseca e chega os leitores mensalmente acompanhando o livro distribuído pelo clube.
pág.04 - Rede de sussurros / sinopse
pág.06 - Chandler Baker / perfil
pág.10 - Muitas vozes / artigo
pág.14 - Se personagens femininas de músicas fossem de verdade / quadrinhos
pág.16 - Bagdad café e a sororidade contextualizada / artigo
pág. 20 - "Autoriza o árbitra" / reportagem
pág.24 - Por trás das câmeras / cultura
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