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Carla da Cunha Porto




livro de poesia. peça pdf para carlacporto@gmail.com

poema da página 21:
PORQUANTO O HOMEM IÇA A VELA

Vocês não sabem a causa dos mares tantos respeitarem
estas largas faixas litorâneas,
aquelas emergentes ilhas de luminâncias,
algum veleiro mais toda a sorte da embarcação?

Aquele toco que bóia, os corpos do naufrágio?

Não será pois porque cintilam em seus ouvidos de concha côncava toda a míriade de poemas, octilões de odes e idílios, compostos e erguidos à tanta imensidão azul?

Pois a palavra azul mora abissal mas quebra em branca onda quando encontra a reunião de areia ínfima que de tanta e junta é bege e a respeita, desenhando o fronteiriço, a margem continental.

Vai vento e volta.

Pois palavras mil em ordem e ritmo destinados nadam à teu horizonte longínquo, lá onde a vista alcança mas as mãos não. Talvez a voz sim.

Porquanto o homem iça a vela.
Por isto estou cá e tú aí erguido e a palmeira ao alísio dança

... e eis
estas vestes largas, as longas faixas litorâneas, as caldas e os caudais, longes e emergentes ilhas de luminâncias, algum veleiro em périplo mais toda a sorte da canoa, aquele troço que bóia, os copos do naufrágio, a garrafa, o conter das baleias, o caber nas baías, a balela dos piratas, a única verdade audível, o invisível que há, o argonauta a ir, o ar, o ar...

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