z..... 17/05/2021
Março de 2021
Li duas reportagens.
- Como a comida controla o cérebro
O excesso e falta de alimento tem impactos psicossomáticos, em desarranjos no nível molecular e celular, a reportagem de capa, sobre estes mecanismos fisiológicos. Fico um pouco perdido nessas abordagens, mas são curiosas.
- Uma breve história do cancelameno
Li a partir de sugestão em resenha. O texto é extremamente interessante, com paralelos sobre o ostracismo na Antiguidade e o que entendemos hoje como cancelamento nas mídias. Estamos longe de sociedades antigas não apenas pelo decorrer do tempo, mas por disposições diferenciadas, que transformam uma punição em discurso de ódio e desprezo pelas pessoas. Entre os antigos, não havia essa disposição de aniquilamento.
Curioso que revi recentemente livro que trouxe-me essa percepção (Gulliver), que ao final, após passar por dinâmica metafórica sobre aprendizagens, condicionou o conhecimento a desprezo por todos que não lhe agradavam (entendamos como cancelamento). Acredito que o despertar para a razão jamais promove a destruição de outro...
Viajando em devaneios, vi hoje também uma mensagem motivacional, que costuma ser difundida e que não partilho. O teor diz assim, 'afaste-se de pessoas negativas'... Entendo a mensagem, mas o meu posicionamento é "não se deixar influenciar", diferentemente de "cancelar a pessoa", numa disposição de sermos transformadores para ela.. Penso assim, pois conheci alguém extremamente negativo que se suicidou, tentei travar amizade, até me tornar alguém que também a cancelou...
Jesus é alguém que nunca cancela ninguém, buscando os perdidos, convidando-os sempre para o bom caminho (Mateus 11:28-30).
Todo cristão é necessariamente luz e a luz brilha onde há trevas...
É o que a reportagem fez-me pensar...
Leitura em Macapá, nos idos da pandemia...