Resenhas - Aventuras na História

mpettrus 06/03/2022

Epidemias e o Equilíbrio Homeostático da Gaia
?Aventuras na História? fez uma edição muito objetiva sobre as epidemias na história da humanidade e o quanto essas doenças afetaram as dinâmicas sociais, políticas e econômicas da sociedade.

Em uma das matérias publicadas na revista, há o interessante caso de Samuel Pepys que documentou em diários o surto de uma epidemia de peste que atingiu a cidade onde morava, St. Guiles, nos confins da Inglaterra.
Interessante porque se percebe o quão semelhante o comportamento humano de hoje - ante a pandemia do Coronavírus - foi com o comportamento do século XVII, o século de Samuel Pepys.

As aglomerações clandestinas, encontros fortuitos com amantes, isolamento social, questões econômicas em pautas, medidas sanitárias para tomar, a ciência trabalhando para encontrar um meio eficaz de livrar a sociedade da doença através de remédios, sendo que muitas vezes, eram só ?placebos?, não tinham eficácia nenhuma. Muito diferente dos dias de hoje, graças a Deus.

Uma edição do ?Aventuras na História? das mais interessantes que já li dessa revista. Objetiva, sucinta, fundamentadas em pesquisas históricas e com depoimentos de estudiosos dos temas em questão, a revista ainda trouxe mil e umas curiosidades sobre essas epidemias e pandemias que varreram por séculos e séculos na história da humanidade.

De uma coisa é certo afirmar: as epidemias sempre ressurgirão de tempos em tempos na história da humanidade. É como se ela fizesse parte do organismo da Terra. Uma hora ou outra ela entra em colapso e precisará adoecer para poder se reestabelecer novamente. É como se fosse uma espécie de equilíbrio homeostático da Gaia.

Na minha concepção, passe o tempo que for e quantas vezes acontecerem, o Mundo nunca, em hipótese alguma vai estar preparado para lidar com essas doenças que atravessam fronteiras arrastando multidões para o quinto dos infernos, ou se vocês preferirem, para o sétimo céu.

Nota de curiosidade: a ?Peste Negra? foi uma epidemia que assolou a Europa no século XIV. Eu sempre achei que tinha sido uma pandemia.

No final da edição traz uma lista de livros da literatura falando sobre pandemias e epidemias. Muito interessante!

Gabriel.Cruz 02/05/2021

Epidemias e pandemia
De forma sucinta porém objetiva o o editor, traça pontos e narrativas interessantes de pandemias que marcaram a história da humanidade.

z..... 05/09/2020

Edição Especial (Julho de 2020)
A edição deu destaque para a 'Peste Negra' e a 'Gripe Espanhola', com olhar no contexto histórico mostrando peculiaridades, curiosidades e aprendizagens que ajudaram a humanidade a lidar com as epidemias.

Alguns conhecimentos ligados a práticas antigas se perpetuam até hoje (como apego ao quinino contra gripes febrosas, baseado na correlação de sua eficiência contra a malária), e a história pós epidemias foi equiparada ao 'Mito de Sísifo', numa alusão a lutas constantes (tal qual a pedra que o mito fora condenado a levar para o alto da montanha, de onde rolava e obrigava novamente o árduo trabalho).

Sobre a Peste Negra: atingiu a humanidade em vários momentos, sendo os mais impactantes na Idade Média (principalmente no século 14); a origem remonta ao Egito; a disseminação está associada aos deslocamentos no mercantilismo e militarismo; e o modo de vida feudal favoreceu o alastramento de ratos e a doença. Registros de praxe...
A doença tem as formas bubônica e pneumônica. A gente sabe da pulga e rato como transmissores, mas na segunda forma a contaminação ocorre também pelas vias pulmonares.
Sobre o Doutor Peste (médicos sinistros com cabeça parecida a pássaro), basicamente se limitavam a contar e remover cadáveres, no que teriam sido bem remunerados, e eventualmente recomendavam remédios caseiros de eficácia duvidosa.
Outra coisa interessante é que o conceito de quarentena começou a ter mais destaque a partir de Veneza no século 15. A cidade era rota comercial, enfrentou surtos epidêmicos e os governantes tentaram remediar criando os lazaretos, locais para isolamento com organização diferenciada dos leprosários e manicômios, que eram basicamente uma aglomeração de pessoas. Nos lazaretos havia isolamento de doentes, suspeitos e até mesmo mercadorias que chegavam. O conceito criado ajudou a barrar o alastramento da doença.

Na Gripe Espanhola: os surtos iniciais foram nos EUA; os casos na Europa começaram a ter repercussão a partir da Espanha; era costume tratar os doentes com banhos quentes, bebida alcoólica e canja de galinha (existem ditados populares como 'cautela e caldo de galinha não faz mal pra ninguém'); o quinino era também indiscriminadamente usado diante de quadros de febre; e a caipirinha brasileira teria surgido como folclórico remédio (ulha, disque já, mano!).

Enfim, é uma leitura sem grandes novidades, mas que reforça a necessidade de cuidados em nível disciplinar no trato com as epidemias. Seja qual for a época, as coisas se agravaram nesse desconhecimento, que para nós hoje seria displicência.

Leitura realizada na quarentena em Macapá. É quarentena e muitos estão relaxando nos cuidados...

Jacque Spotto 14/09/2021

Um panorama de doenças endêmicas, epidêmias e pandêmicas que assolam a terra desde a lepra até os dias atuais que estamos enfrentando com a Covid 19.

Raquel 25/02/2021

3/5
Revista disponível no Kindle Unlimited. Um ótimo resumo sobre as pandemias mundiais.

Evandro.Parussolo 14/11/2021

Uma passada na história das epidemias
Uma boa ideia do histórico das epidemias e pandemias de nossa história, triste è saber que a história se repete do mesmo modo.