O Romantismo e o 'espírito romântico' foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII, na Europa, que se estendeu por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo oposta ao Racionalismo e ao Iluminismo que buscou um Nacionalismo que viria auxiliar a consolidar o processo de formação dos Estados nacionais na Europa e no Continente americano.
Mais do que uma corrente artística europeia do começo do século XIX, o Romantismo expressa uma visão de mundo complexa, que persiste até nossos dias, em toda parte, como resposta ao modo de vida da Sociedade Capitalista: caracterizado pela convicção dolorosa e melancólica de que o presente perdeu certos valores humanos essenciais, esse movimento representa uma modalidade particular de (auto)crítica do mundo moderno, a partir de seu âmago.
A modernidade capitalista desemboca em impasses: por um lado, devido a seu caráter destruidor do ponto de vista humano, social e cultural; por outro, devido à ameaça que faz pesar sobre a própria sobrevivência da espécie , com o perigo de catástrofes ecológicas. É neste aspecto que o romantismo revelou toda a sua força crítica e sua lucidez diante da cegueira das ideologias do progresso.
Os críticos românticos viram o que estava fora do campo da visão liberal individualista do mundo: quantificação , perda dos valores qualitativos, humanos e culturais; solidão dos indivíduos, desenraizamento, alienação pela mercadoria, dinâmica incontrolável do maquinismo e da tecnologia, degradação da natureza. Em poucas palavras, descreveram a face hipócrita da civilização moderna.
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