Roleta do genocídio

Roleta do genocídio Daniel Brazil


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Roleta do genocídio


ou signos da diáspora




"Por quanto tempo dói / A lembrança dos que nunca voltam?" é a pergunta que parece nos conduzir por todo o livro de Daniel Brazil. "Embarque forçado, / Translado, / Famílias separadas": os signos da diáspora são constantemente lembrados. Muitos sãos signos, e em três dos textos o autor os destrincha, indica, poetiza a dor para resistir a eles. Assim como os aniversários, em que nos lembra que continuar vivo é uma poderosa arma de resistência num Estado genocida que "Criminaliza / A resistência maior: / A vida", as passagens de seres quase invisíveis que continuam vivendo, existindo apesar de tudo, não passam despercebidas pelo autor. Este livro não é sobre morte, mas sobre permanência, sentimentos, saudade daqueles que foram privados de uma existência em comum. 23 minutos é o tempo de um poema? 23 minutos é o tempo de uma refeição, de uma condução, de uma pausa. "Pedaços do meu corpo foram deixados / Expostos / Pra que assim, eu seja visto. / Mas, ninguém vê". A cada 23 minutos permanecemos vivos, porém fragmentados. "E cada aniversário é uma vitória. / Cada frio grisalho, / Uma vitória."

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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