Combinando livro de aventuras – à semelhança de "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe – e reflexão filosófica – sob inspiração de “A ilha”, de Aldous Huxley –, o escritor carioca Bruno Flores criou uma saga sobre uma civilização primitiva no Oceano Pacífico em três momentos: conquista, decadência e renascimento.
O livro começa com Tesé, da terceira geração de nativos de Rumah. Ele deseja sair da ilha porque os recursos naturais estão escassos e não vislumbra futuro. O capítulo seguinte introduz a história do sacerdote Sênior e do caçador Tavo, membros da segunda geração de habitantes. Nessa época, a ilha está superpovoada e dividida em clãs que vivem em conflito. Sênior assume o poder como tirano enquanto Tavo, aos poucos, se transforma em líder revolucionário. O terceiro capítulo conta a história de Wangka, da primeira geração, que lidera a jornada de descoberta de Rumah.
Narrado de trás para frente, em capítulos alternados, Rumah conta ainda o romance entre Tesé e uma jovem descendente de um clã inimigo, e traz a impressionante descrição de um tsunami. Através dos personagens, vemos ações e reações que remetem à história da humanidade e a um ciclo que, talvez, esteja perto de se fechar, como aconteceu na ilha de Rumah.
Aventura / Ficção