Sangue na Paulista

Sangue na Paulista Daniel Aço


Compartilhe


Sangue na Paulista





Parecia ser outra segunda-feira normal. E foi. Mas outro fato violento maculou a calçada da Paulista. Na rua, o mesmo grupo de universitários passava com vagar, recordações da aula cansativa e do professor autoritário. Dois executivos sorriam de orelha a orelha pelo acordo financeiro de milhões a mais para a multinacional, grana obesa para a luxúria pessoal. Uma senhora, forrada de cirurgias plásticas, equilibrava-se sobre agulhas longas no sapato apertado e de cor berrante. Após rápido serviço, uma universitária sai do hotel de luxo no qual atendeu um fazendeiro goiano. Insone e confuso, um sobrevivente septuagenário fuma um cigarro longo de filtro amarelo, esticado por uma piteira de museu. (Sangue na Paulista).

O Salão Oval mexe com Obama. Em momentos de solidão, tarde da noite, ele imagina os pormenores envolvendo Bill Clinton e a estagiária gorducha, o charuto comprido e obeso. O tempo passa, ele ri e desiste de pensar a respeito. Encosta a porta e procura Michelle e as crianças. (Terror em Washington)

Arrepiei-me todo e confesso que fiquei apavorado. De súbito, uma aranha negra gigante apareceu para zombar-me, e quase vi seu riso dantesco dirigido à minha cara trêmula. Peguei o martelo e esmaguei o aracnídeo com ódio e fervor assassino. (Sótão Assombrado)

Se os trechos acima lhe instigaram a curiosidade, sinta-se convidado a ler Sangue na Paulista. São 33 histórias curtas envolvendo humor, suspense, surrealismo, cotidiano e crônicas

Literatura Brasileira

Edições (1)

ver mais
Sangue na Paulista

Similares

(5) ver mais
Suicida
Soneto da cagada
Louco por ela
Em dose dupla

Estatísticas

Desejam1
Trocam
Informações não disponíveis
Avaliações 1.0 / 1
5
ranking 0
0%
4
ranking 0
0%
3
ranking 0
0%
2
ranking 0
0%
1
ranking 100
100%

0%

100%

Fabiana
cadastrou em:
17/07/2016 22:21:30

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR