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Romance interditado no período ditatorial de Vargas é relançado pela Editora Universitária

O romance ‘Sapé,’ do escritor Permínio Asfora, recebeu reedição após 75 anos do 1º lançamento em 1940, ano que a obra foi excluída do cânone nacional, por motivações de ordem ideológica e política. A obra foi relançada pela Editora Universitária em 2015.



O romancista é nascido em Valença, no estado do Piauí, mas se estabeleceu no município paraibano de Sapé, logo nos primeiros anos de vida, cidade que virou cenário de seu livro.



A obra, que chama à cena a paisagem rústica da terra paraibana e a situação de quase escravidão dos trabalhadores dos seus algodoais, foi interditada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) no período ditatorial de Getúlio Vargas, pelo conteúdo social e humano que nutria suas letras. Permínio, acusado de subversivo e imoral, foi banido da galeria dos romancistas brasileiros.



Agora, em sua reedição, a apresentação da obra ficou a cargo da Reitora, Margareth Diniz, onde relatou que “com esta reedição, a Universidade Federal da Paraíba corrige um dos atos de despotismo histórico-literário, enquanto expressa o apreço e o respeito ao romancista paraibano, cuja obra é a mais pura expressão da arte romanesca do Nordeste, de coragem e de afetividade humanas.”



O livro publicado pela Editora Universitária também conta com um posfácio trazendo um artigo escrito pela professora de Literatura Brasileira da UFPB, Wilma Martins de Mendonça, cujo texto é titulado 'A Paraíba de Permínio Asfora: Literatura, violência, terra e trabalho’.

Fonte:
Ascom - Reitoria (Fernando Caldeira / Jéssica Azevedo)

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Escritor Permínio Asfora foi tema de entrevista de pesquisadora da UFPB para FM gaúcha

A professora de literatura brasileira Wilma Martins de Mendonça, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (CCHLA/UFPB), foi convidada pela Rádio FM Cultura de Porto Alegre a falar sobre a vida e a obra de Permínio Asfora (1913-2001), o primeiro descendente de palestinos a escrever um livro no Brasil.



A entrevista foi concedida ao radialista Luís Dill, no Programa Tons & Letras da emissora, em 10 de junho. Nela, a pesquisadora conta que Asfora tinha fortes relações afetivas com a Paraíba e que gostava de dizer que era paraibano. O escritor era piauiense de origem, filho de imigrantes palestinos, e veio com a família morar em Sapé (PB).





A cidade foi o cenário e emprestou nome ao seu primeiro romance, lançado em 1940. A docente explica que o livro foi proscrito pela ditadura Vargas, classificado como subversivo, por retratar a situação de quase escravidão dos trabalhadores nas lavouras de algodão e abordar, ainda que de forma velada, a gênese das ligas camponesas na região.


“Sapé” teve sua segunda edição publicada pela Editora Universitária da UFPB em 2015, com posfácio escrito pela professora Wilma, que foi a incentivadora do projeto. Permínio Asfora é autor também de Noite Grande, Fogo Verde, Vento Nordeste, O Amigo Lourenço, O Bloqueio e O Eminente Senador, obras ambientadas no Nordeste brasileiro, onde viveu até mudar-se para o Rio de Janeiro.



A íntegra da entrevista está disponível em: https://www.4shared.com/mp3/wf0ixxiSca/DILL_WILMA_MARTINS_DE_MENDONA.html (link is external).

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03/04/2018 18:00:56

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