Dois meninos encontram o corpo de uma linda mulher, morta e mutilada às margens de um lago, numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense. Assustados, Eduardo e Paulo, de 12 anos vão à polícia, onde acabam sendo tratados como suspeitos. São libertados pouco depois, quando o marido da vítima, um homem frágil, confessa o crime.
A brutalidade do assassinato, a indiferença da polícia e a falta de lógica da explicação oficial para o crime intrigam os meninos. Começam uma investigação, à qual se une um velho misterioso, ex-preso político da ditadura Vargas. Dele, ouvem um aviso que marca o começo de um turbilhão de acontecimentos: “Nada neste país é o que parece.”
Em pouco tempo, percebem que a mulher tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e um passado nebuloso, repleto de contradições. A investigação de Paulo e Eduardo desvendará ainda um perverso painel em que violência sexual, racismo, corrupção e espúrias alianças políticas se misturam. Para os meninos, será um terrível caminho de amadurecimento e chegada à vida adulta.
Em sua estréia literária, Edney Silvestre constrói uma trama eletrizante e comovente, repleta de referências a um dos momentos mais importantes do cenário político e cultural do Brasil e do mundo. Transitando por gêneros tão distintos quanto o policial, o histórico e o romance de formação, Se eu fechar os olhos agora é uma leitura vertiginosa, que retrata a essência da nossa sociedade.
“Numa manhã de sol de abril de 1961, dois meninos encontram, por acaso, o corpo dilacerado de uma mulher. A partir desta macabra descoberta, que mudará para sempre suas vidas, Edney Silvestre autopsia, com a fina sensibilidade de um raro prosador, a essência da nossa sociedade. O corpo de Anita, a morta, transubstanciado no corpo do Brasil.” — Luiz Ruffato
“Edney Silvestre não me surpreendeu com o romance Se eu fechar os olhos agora: sua penetração psicológica, respeito e visão aguda das questões literárias ao entrevistar autores demonstrava que ali havia um escritor de primeira.” — Lya Luft
“Um thriller envolvente, que vai em busca da infância de suas criaturas, num romance que nos enreda pelos diálogos ágeis, bem-humorados, inteligentes.” — Livia Garcia-Roza
Ficção / Literatura Brasileira / Romance