João Augusto, um dos nomes da nova geração da poesia brasileira, despreza métricas e rimas, provoca pensadores de ocasião, “eleva” o ser humano à condição de imperfeito e impuro e, assim, o aproxima de uma fantasiosa liberdade. Em seu segundo livro, ele reafirma o jugo da aprovação pelo outro, a falta de coragem das pessoas, a repetição dos fatos e a mentira como o real a que todos buscam como remédio. Sem encontrar seu próprio nome, o poeta escreve para semear a dúvida, combustível do universo. Não oferece respostas. Apenas a sensação de que ser marginal é estar no centro do mundo e da boa poesia.