Seus Olhos Viam Deus

Seus Olhos Viam Deus Zora Neale Hurston


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Seus Olhos Viam Deus





Aclamado como o mais belo romance da literatura negra norte-americana de sua época, Seus Olhos Viam Deus descreve a trajetória de Janie Crawford, uma heroína afro-americana que enfrenta o tabu de escolher seu próprio destino, na Flórida da década de 1930. Hurston não escreve, especificamente, sobre a discriminação num mundo dominado por brancos - o que lhe rendeu algumas críticas dos ativistas pelos direitos dos negros -, mas é perfeita na construção da tensão dos relacionamentos. O uso de dialetos e palavras africanas em Seus Olhos Viam Deus atraiu para a escritora o ódio de outros autores negros, que a acusavam de uma atitude paternalista em relação aos brancos. Para estes, Hurston concedia aos brancos os estereótipos culturais negros esperados pela elite dominante. A escritora, que chegou a merecer dois prêmios Guggenheim na década de 1940, foi praticamente ignorada após o início dos anos 50, mesmo pelo movimento Arte Negra dos anos 60. Anos mais tarde, no entanto, o talento literário de Zora foi reconhecido entre seus pares e a admiração tomou o lugar da revolta por diferentes visões político-raciais. Seus Olhos Viam Deus acompanha o retorno à terra natal, depois de uma longa ausência, de Janie Crawford. Seus compatriotas, principalmente as mulheres, são feias e inamistosas, sempre fofocando, engalfinhadas em cochichos nas portas de suas casas. O tópico predileto é Janie e suas aventuras amorosas: casada aos 12 anos com um homem muito mais velho - e muito mais rico -, por intervenção da avó, ela foge em busca de um caminho próprio. A heroína de Seus Olhos Viam Deus incorpora o inconformismo com o status quo. Uma revolta contra o que se espera de uma mulher, pobre e negra. Ela denuncia de forma equilibrada e crítica a violência contra as mulheres em geral, e as negras em particular. Casada três vezes e acusada de matar um de seus maridos, Janie Crawford atrai para si a inveja das mulheres e o ódio dos homens. A miríade de emoções que a volta da filha pródiga causa nos moradores da pequena cidade nos confins da Flórida leva Janie a tentar se justificar, abrindo seus segredos para a amiga Pheoby. "Não há livro mais importante do que esse." Alice Walker, autora de A cor púrpura "Há uma bela simetria entre texto e contexto no caso de Seus olhos viam Deus: o livro afirma e celebra a cultura negra (...)." Mary Helen Washington, crítica literária, ensaísta, professora da Universidade de Maryland

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João gregorio
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26/12/2016 15:55:09

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