Como a realidade habita o que vemos? E como o que vemos habita a realidade? Esses dois questionamentos concatenados são o fio condutor do jogo entre textos e imagens que dá vida a este livro. Os textos são ensaios reflexivos sobre nossos modos de ver, sobre representação, realismo e pintura. As imagens são aquarelas que lidam principalmente com as complexidades figurativas do corpo humano e da água. Entre os dois, não há relação de subordinação nem de esclarecimento, mas, como diz o título, de sobre-posições. Trata-se de um acúmulo de posições, de pontos de vista (tanto no sentido literal quanto no figurativo), que levam a ideias renovadas sobre a contemplação, a ação e a reflexão pictóricas.
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