Muniz Sodré sabe como poucos que o real é sempre imaginário e que todo imaginário é real. Assim não produz metafísica. Desmonta as engrenagens do vivido como um especialista do cotidiado, desmascarando atores e processos sociais. Analista da mídia, vê por trás das câmeras o que as imagens parecem não mostrar.
Em tempos de confusão ideológica e de falta de clareza teórica, esbanja precisão de transparência: "Os meios de comunicação de massa, sob as aparências de máquinas de informação, são de fato máquinas integradoras dessas simulações necessárias à nova ordem". Isso é apenas um exemplo do que o leitor encontrará a seguir.
Dizer mais de nada adiantaria. A tríade de palavras que dá título a este estudo fala por si mesma. Sociedade, mídia e violência formam uma rede, uma encruzilhada, um enigma e três entradas para um exame implacável do imaginário social e tecnológico do Brasil atual.