"Solfejo de Eros não é uma obra de poesia erótica, mas amorosa. Vários de seus poemas comprovam que esse erotismo, já presente na Grécia Antiga, com Safo de Lesbos (VII a.C. – VI a.C.), e na literatura do séc. XX, em autoras como Anaïs Nin (1903-1976) e a poetisa Joyce Mansour (1928-1986), ou que, no Brasil, surge com o poeta barroco Gregório de Mattos (1636-1695), e prossegue na obra de modernistas, como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), é um tema, embora frequente, não exclusivo. Eros, aqui, vai além do enlace sexual entre mulher e homem, e invade todas as dimensões da relação afetiva, estendendo-se inclusive a outras formas de amor, como os intensos sentimentos maternais da autora por sua filha."