Monografia de graduação da autora.
[TEXTO DE CAPA] "Os vampiros sempre fizeram parte do imaginário nas crenças, na literatura, no cinema, em todas as produções humanas desde a Antiguidade, mas ao longo do tempo, principalmente a partir dos romances escritos nos séculos XVIII e XIX sua imagem mudou muito. A fusão entre registros históricos, lendas e literatura nos deu os elementos do vampiro que conhecemos hoje. As lentas transformações da literatura levaram o 'vilão monstruoso' a tornar-se 'quase um príncipe encantado'. O medo, o pavor que os vampiros causavam em nossos antepassados foram atenuadas até quase deixarem de existir, isto ocorreu por sua familiaridade atual. Entretanto, os vampiros nem sempre foram conhecidos como tal, designados anteriormente por vários nomes dependendo da cultura local. Em geral, eram chamados de defuntos, fantasmas, espectros, mortos ressuscitados ou encarnações de demônios diversos, inclusive lobisomens que se transformavam em vampiros após sua morte, visto que este era o nome dado a todos. A partir dos séculos XVII e XVIII, a Europa Iluminista, que busca o entendimento do mundo de forma racional e o afastamento de tudo que seja superstição e evoque o sobrenatural, assiste uma proliferação de relatos sobre vampiros, mas somente em 1732 a palavra 'vampiro' surge em seu vocabulário para determinar o ser que conhecemos e eles são 'definitivamente separados dos lobisomens e de outros espectros'. As imagens mentais que a palavra 'vampiro' evoca são o que torna possível seu estado histórico através da análise do livro de Dom Calmet, Traité sur les apparitions des esprits et sur les vampires ou les revenans de Hongrie, Moravie, etc., publicado em 1751, onde a questão do vampirismo tenta ser compreendida, pela primeira vez, à luz da ciência."
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