Nascida com o talento vocabular e a precisão métrica para criar um soneto como que uma ourives da palavra, Florbela Espanca viveu a fundo os mais diversos estados da alma - depressão, exaltação, concentração, dispersão - que na sua poesia atingem tão vibrante expressividade. Impossível lermos Florbela sem reconhecermos sua inquietação e inconformismo, que vão se manifestando de forma irremediável e sôfrega, retratando uma personalidade contraditória.
Em Sonetos, o leitor perceberá os jogos vocabulares e paralelísticos, os improvisos e as formas lapidares, que exaltam toda a sensibilidade e qualidade estética dessa figura paradigmática da literatura portuguesa, que maneja as palavras de modo a fazê-las render o máximo de insinuação, expressão e relevo.
Neste relançamento de Sonetos, José Régio nos oferece um estudo crítico da obra da poeta portuguesa Florbela Espanca (1895-1930), incluindo o Livro de Mágoas (1919); Livro de Sóror Saudade (1923); Livro de Charneca em Flor (1930) e Reliquiae (1931), obra póstuma.
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