Um dos pontos capitais da poesia erótica do Ocidente, os "Sonetos Luxuriosos" expressam o mais extremado júbilo carnal do Renascimento, e, somando-se sem contradição ao idealismo descarnado da tradição petrarquista, ajudam a compor a fisionomia de uma das épocas mais livres e mais fecundas da história do pensamento e das artes. Escritos por volta de 1525, foram publicados postumamente. Tiveram até hoje poucas edições italianas, que circularam entre privilegiados. A clandestinidade a que foram condenados rompeu-se no começo do século XX, com a tradução francesa de Apollinaire (apenas dezesseis sonetos). Esta tradução do poeta e ensaísta José Paulo Paes - a primeira que se fez para a língua portuguesa - é fiel tanto ao espírito como à forma original e reproduz, com felicidade, o vigor e a graça do despudor de Aretino.
Erótico / Literatura Estrangeira / Poemas, poesias