Esta coletânea de Antonio Fagundes não poderia ter outro título que não “Sonhos”. O sonho que liberta a palavra, o sonho que justifica uma vida, o sonho que rompe as barreiras que a realidade não ousa ultrapassar.
Se o destino, com suas mãos implacáveis, tentou cortar as asas do poeta, imobilizando-o para a vida ao paralisar seus passos em linha reta, não conseguiu. O poeta foi além, o poeta voou e sobrevoou, libertou-se pela coragem, pela vontade, pelo sonho e, especialmente, pela palavra. Só os poetas, do alto de seu imaginário, são capazes de ver quão pequena se torna uma existência sem a presença do lúdico, sem a presença de um sonho.