A obra posiciona o leitor no mundo familiar patriarcal,onde se situa a personagem Tamar, que contrariando o status de "escondida" revela-se uma mulher extraordiánaria para seu tempo.Reconstruindo um dos textos narrativos do Gênesis (38), numa forma profética no âmbito familiar patriarcal de Israel, a autora nos permite identificar em Tamar traços presentes na mulher moderna, sem no entanto fugir ao modelo peculiar de sua própria época.Se por um lado se conserva submissa, por outro se revela ardilosa, corajosa e lutadora em prol da preservação do seu povo.
A obra traz, para a realidade atual,a importância de se fazer justiça sem exclusão.Sem fazer uma leitura apologética ou enfoque moralista, há uma busca de resgate e reinterpretação da história que,longe de ser um mito ou novela,é um fato real.O Deus de Tamar não é só transcedência, mas também condescendência Ele desce e padece com ela, está caminhando junto, e não somente dela, mas de todas as mulheres de todos os tempos.Num mundo de homens e mulheres onde todos buscam os mesmos ideais,Tamar personifica a mulher corajosa,forte,porém atraente e feminina,como devem ser todas as mulheres em todos os tempos.