Chega a mim um cheiro de cipreste, De eucalipto, Cheiro de mulher.Abro os olhos E desaparecem os ciprestes E os eucaliptos.Recolho com tristeza Pedaços que não cheiram a nada.”A poesia de Humberto Ak’abal, é um encontro com a natureza, a comunhão do homem com seus deuses e seus semelhantes, um sopro de ar puro para os que vivem na poluição de imagens e idéias da sociedade moderno.Humberto Ak’abal é filho e neto de xamã da comunidade indígena maia-quiché de Momostenango, na Guatemala. Escreve em sua língua e se autotraduz em espanhol. Para esta coletânia bilíngüe, em quiche e português, foram selecionados 72 poemas representativos da obra desse grande poeta.”O fato é que Humberto Ak’abal nos reensina a ver as coisas com palavras cotidianas. Às vezes surge um tom irônico e mordaz, mas em geral ressalta a delicadeza que lembra certas pinturas e desenhos primitivos.
Bem estar e lazer / Poemas, poesias