Extrair da escrita um desafio ao racionalismo para que se anteveja, a temporal e vertigem, uma condição múltipla das palavras. Em 'Tempestardes', Leonardo Chioda faz com que elas irrompam inteiras, dignas de todos os sentidos a quem se predestina à aventura nos labirintos da imagem. Partindo da chuva no meio da tarde, a poesia eclode do universo semântico natural e vai até a profundidade da pedra, pelos meandros do amor obscuro e das magias — caminhos que Chioda inaugura com rastros de bifurcações e destinos — à luz de ladrilhos e de vozes tão antigas quanto atuais. 'Tempestardes', integrante da Coleção Patuscada e premiado pelo ProAC 2012, é um azul manifesto de leituras várias.