Em 1976, Gary Gilmore se tornou o primeiro homem, em muitos anos, a ser condenado à morte nos Estados Unidos. Mas o que definitivamente abalou o país e pôs em xeque todo o sistema jurídico norte-americano foi sua renúncia a qualquer apelação e a insistência para que o governo levasse adiante a execução. Mais do que isso: num dos lances mais impressionantes da moderna sociedade de espetáculos, Gilmore passou a administrar a própria morte, coordenando de sua cela todo um fabuloso aparato de mídia que se instalara, de um dia para o outro, ao seu redor.
Vinte anos depois, o irmão caçula Mikal conta a história desde o começo. Ele conta para sobreviver e, se possível, compreender o que ocorreu. O resultado é um depoimento comovente e assustador, cuja leitura dificilmente será esquecida.