Todo o tempo que existe

Todo o tempo que existe Adriana Lisboa


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Todo o tempo que existe





A medida do amor, em régia proporção, é a mesma da dor – eis a descoberta sempre tardia do luto. Justo então será, aos que restamos, examinar a letra miúda de uma tal revelação. “Dura quanto o amor para ser amor?”, pergunta-se a narradora deste livro entre as visitas ao pai internado em um hospital e as caminhadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No percurso, mais que um entendimento sobre os extremos da vida, o que lemos é um testemunho pessoal moldado pela memória e por um agudo senso de observação.

Autora de uma obra consistente de prosa e poesia, Adriana Lisboa expõe-se pela primeira vez em um ensaio de cunho autobiográfico. Num inteligente uso de material literário, a escritora traduzida em mais de vinte países dá voz a uma Adriana em família para narrar a morte dos pais, ocorrida em um curto intervalo de tempo. Retorna, nas horas em que a ficção parece uma intrusa, ao berço da escrita, para decifrar a genealogia de sua inquietação artística. “Os olhos dele nos meus, a mão dele na minha, e que bobagem isso de literatura.”

Enquanto procura um significado outro para as formas vivas, Todo o tempo que existe presta um tributo a quem, no tempo, já não existe. Com o estilo apurado de sempre, Lisboa compartilha a experiência de luto e encontra uma nova função para a narrativa.

Um livro incomum de uma autora rara.

Adriana Lunardi

*

“Para podermos nos entender verdadeiramente com a vida, é preciso antes chegar a um acordo com a morte – com a própria e a dos entes queridos. É isso o que Adriana Lisboa faz neste belo e emocionante livro: explorar esse fio com o qual todos temos que nos medir.”
Rosa Montero

Ensaios / Literatura Brasileira

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Resenhas para Todo o tempo que existe (2)

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Acertou em cheio.
on 28/7/22


Todo o tempo que existe - Adriana Lisboa Esse livro me quebrou um pouquinho mais. E me remendou. Com laca e pó de ouro. Terminei de ler hoje, no dia dos avós. Particularmente memorável porque minha avó sabia de cor esse dia então eu tentava lembrar e ligar antes mesmo dela me ligar e me lembrar que eu deveria parabenizá-la. Foi minha perda mais difícil, aquela difícil até de se elaborar na terapia, por desaguar rios de lágrimas. Como um todo, desde então, venho evitando os livros s... leia mais

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Jenifer
editou em:
26/05/2022 22:37:28

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