Elis Regina dizia que se Deus cantasse, cantaria com a voz de Milton Nascimento. Reconhecido dentro e fora do Brasil como um dos mais importantes nomes da MPB, Milton é dono, ainda, de uma das histórias mais comoventes do show bizz. Nascido no Rio de janeiro, então ainda capital da República, filho de uma empregada doméstica, foi adotado por um casal que se tornou fundamental para seu relacionamento com a música. A mãe adotiva era dona de casa e o pai, professor.
Em Travessia: a Vida de Milton Nascimento, a jornalista mineira Maria Dolores conta a vida de Bituca - apelido do cantor - desde o seu nascimento no Rio de Janeiro, passando pela cidade de Três Pontas, em Minas Gerais, onde foi adotado, até os dias em que alcançou o reconhecimento artístico. O texto de Maria Dolores - que pode ser lido como um romance, de tão envolvente - é a base de uma belíssima biografia, repleta de dramas e superações.
Maria Dolores acompanha tanto a trajetória pessoal como a profissional. Aqui se desvela o Milton intérprete, o Milton compositor e o Milton cidadão. Maria fala dos discos consagrados por público e crítica, dos inúmeros shows pelo Brasil e pelo mundo e das parcerias com músicos como Wayne Shorter, Pat Metheny, Peter Gabriel, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina.
Travessia: a Vida de Milton Nascimento é, principalmente, um tributo à música de Milton Nacimento. Definida por ele mesmo como um sincretimo de estilos, onde mistura jazz, blues, rock e música latina, e temas, como sua terra, Minas Gerais, a negritude e o cristianismo.