O desafio de compreender os limites e impasses do Tribunal do Júri como ele é, ou seja, sem os disparates imaginários e dentro das regras do jogo real, foi lançado por Juliano de Oliveira Leonel e Yuri Felix, dois professores que sabem o que é se sentar no lugar da defesa no Tribunal do Júri. O cuidado com que desenvolvem a incerteza do jogo processual a partir de Goldschmidt demostra que não são amadores, nem se entregam a randomizações que deixam o acusado, sentado no banco dos réus, à mercê de táticas abusivas da acusação. Buscam, assim, compor mosaico normativo capaz de construir o justo processo no Tribunal do Júri em face das conquistas civilizatórias, em especial aquelas decorrentes do controle de constitucionalidade e convencionalidade.
Admiro muito o trabalho deles e recomendo a leitura, porque o leitor poderá se habilitar melhor a compreender os desafios do que acontece, com sangue, suor e argumentação, no espetáculo do Júri.