A cada quarenta segundos, alguém comete suicídio. Nos Estados Unidos, é a décima causa de morte mais comum entre pessoas com mais de dez anos de idade, muito mais comum que a morte por homicídio, aneurisma ou aids.
Quase meio milhão de norte-americanos são levados para o hospital todos os anos por tentativas de suicídio. Uma em cada cinco pessoas que sofrem de depressão severa fará essa tentativa; são cerca de sessenta tentativas não letais para cada tentativa letal.
A taxa de suicídios está subindo, sobretudo entre os homens de meia-idade. Essas estatísticas são sempre refeitas, mas seguem iguais, não importa a infindável repetição.
O suicídio pode ser uma solução permanente para um problema temporário, mas é uma solução que acena com um crescente poder de sedução.
Uma seleção inédita de textos do extraordinário autor dos livros O Demônio do Meio-Dia e Longe da Árvore, que discutem com sensibilidade e empatia os vários aspectos do suicídio e da depressão.
O Demônio do Meio-Dia foi um livro divisor de águas sobre a depressão. Seu autor, Andrew Solomon, tratou de forma singular e inédita sobre esse mal que afeta milhões de pessoas no mundo, mas que, muitas vezes, ainda não é tratado com a seriedade devida. O suicídio é o extremo a que a doença pode levar.
Nestes artigos que foram reunidos em livro pela primeira vez, numa edição exclusiva para o Brasil, Solomon reflete sobre casos recentes de suicídio de personalidades, como Anthony Bourdain, Robin Williams e Kate Spade, assim como de literatos, entre eles Sylvia Plath e David Foster Wallace, e ainda Virginia Woolf, que "tentou salvar-se pela arte" mas que sofria de um mal clínico intolerável e escolheu a água como um meio de morrer.
Com sua narrativa fluida e seu olhar sempre empático, ele relata e analisa uma série de casos de pessoas que acabaram partindo antes da hora."
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