Um homem burro morreu

Um homem burro morreu Rafael Sperling


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Um homem burro morreu





"Rafael Sperling escreve sem medo de errar, na verdade, escreve sem medo algum, escreve com boas doses de criatividade e humor (...)” – Paulo Scott

“(...) uma visão feroz da experiência de se estar vivo." – João Gilberto Noll

“Rafael tem uma mente fabulista, inventiva, muito interessante a sua literatura." – Ana Paula Maia

Assim como Cérbero da mitologia grega, o escritor Rafael Sperling conduz o incauto leitor por seu reino literário subterrâneo, onde há espaço de sobra para a ultra-violência, a sexualidade agressiva, o absurdo cotidiano e a aniquilação. As 26 breves narrativas que compõem seu novo livro, Um homem burro morreu (Editora Oito e meio), misturam sarcasmo com elementos grotescos e nonsense, embalados por uma linguagem coloquial que remete ao cinema, ao roteiro de TV, à publicidade, à dramaturgia, à musica e à poesia. As imagens irracionais que habitam o bizarro universo simbólico de Sperling permanecem na cabeça do leitor, da mesma forma que o “nonsense de internet”, presente em vídeos e “memes” que atraem o público exatamente por sintetizarem de forma tosca e absurda os fatos cotidianos.

Em "O juiz que queria ser artista plástico" a narrativa gira em torno de um meteorito que destrói o mundo, enquanto um juiz de futebol que gostaria de ter sido artista reflete sobre sua vida. Tudo o que resta da humanidade após o impacto é a malograda escultura de um atleta que o artista fracassado pretendia finalizar. Em outra história, Jesus Cristo dá uma surra em Hitler como castigo, mas acaba sentindo cada vez mais prazer com a violência, terminando por crucificá-lo.

Considerado um brincalhão malcriado das letras, o carioca de 28 anos não se leva nem um pouco a sério, o que considera fundamental para a literatura: “Hoje em dia não faz sentido escrever algo que se aproxime de uma estética realista. O mundo em que vivemos é estranho e absurdo demais, a ponto de uma narrativa realista soar incongruente”, afirma Sperling. Apesar de não se preocupar com o que os outros pensam, as ações despropositadas e vazias de seus personagens, sobrepostas às situações surreais que brotam da imaginação do jovem escritor, estimulam uma crítica social instantânea. Não é à toa que duas das grandes influências de Sperling sejam o escritor Franz Kafka e o cineasta David Lynch, cânones do absurdo em suas respectivas áreas.

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on 27/10/21


Esse livro é pra quem curte um humor negro, tosco, nojento, impossível (ou possível, kkk). O autor conseguiu tirar litros de lágrimas dos meus olhos de tanto que me fez rir. Malvado, sacana, imbecil, ousado, repetitivo, bobo, o famoso "que se dane". Leiam!... leia mais

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Rafael Sperling
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16/07/2014 15:37:56
Lindenberg
editou em:
17/06/2015 16:18:14

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