Este é o primeiro livro escrito por Gibran. Ele era ainda jovem. Seu gênio não tinha sido disciplinado pela arte e a maturidade. Voava livremente nos espaços ilimitados. Entregava-se sem reserva aos seus ímpetos de compaixão e idealismo. Falava ao vento, às flores, às ondas como se falasse a amigos humanos, e registrava suas impressões com todo o transbordamento emocional e verbal do romantismo.
O resultado é este livro fascinante, que ressuscita em nós nossos sonhos mais longínquos e nos faz reviver as deliciosas ilusões de nossos quinze anos, quando transformar o mundo pelo entusiasmo nos parecia ao alcance da mão, e quando uma palavra de amor nos abria o paraíso.
Ler esse livro é como nos reencontrar com nosso Eu mais jovem, um Eu esquecido e enterrado por baixo dos decepções e amarguras da vida, e que o idealismo de Gibran e seu estilo colorido e inspirado conseguem trazer à vida, para nossa surpresa e nossa delícia.
Literatura Estrangeira