Uso das redes sociais para letramento científico: Etapa de levantamento da literatura disponível

Uso das redes sociais para letramento científico: Etapa de levantamento da literatura disponível Renata de Moura Bubadué


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Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou que o mundo se encontrava em uma pandemia de Covid-19. Desde então, iniciaram-se os investimentos científicos e tecnológicos acerca do enfrentamento e manejo da doença. Dentre as medidas de prevenção e controle da pandemia, tem-se o isolamento social. Com isso, a circulação de pessoas nas ruas diminuiu e o consumo de conteúdo nas redes sociais aumentou cerca de 70%.

O aumento do uso das redes sociais resulta em inúmeras vantagens e desvantagens. O uso responsável dessas ferramentas favorece o acesso à informação e promovem maior autonomia e conhecimento da população acerca de temas que envolvem a saúde. No entanto, o aumento de pessoas na rede contribui para a disseminação de informações falsas e a propagação do pânico por meio delas (GONZÁLEZ-PADILHA, TORTOLERO-BLANCO, 2020).

Profissionais da saúde e pesquisadores apresentam um maior letramento científico, sendo capazes de acessar informações junto a periódicos científicos de impacto e informações publicadas pelos órgãos oficiais de governo, o que não acontece com pessoas cuja formação não envolve a área da saúde. Dash et al. (2020) argumentam que países em desenvolvimento sofrem com a infodemia de informações acerca da Covid-19, pois o letramento da população é menor.

No Brasil, houve um aumento significativo na proporção de trabalhadores que acessam a internet. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito em cada dez domicílios brasileiros possuem acesso à internet, o que corresponde a 79,1%. O equipamento mais utilizado para isso é o celular, correspondente a 99,2% dos domicílios que tinham a tecnologia disponível. Evidenciou-se que a comunicação é a principal função atribuída pelos pesquisados.

Nesta perspectiva, ressalta-se que as tecnologias de informação e comunicação potencializam a disseminação do conhecimento, fomentando o intercâmbio de informações e constituindo-se de uma ferramenta importante para o trabalho do profissional de saúde no que tange a promoção da saúde.

O uso das redes sociais para o letramento em saúde tem sido discutido como forma de aumentar a aprendizagem dos estudantes nos cursos de saúde. Esse construto é multidimensional e transcende a capacidade de leitura e escrita científica, ele envolve o diálogo, o raciocínio clínico e crítico para a interpretação da informação científica. Nesse sentido, destaca-se que a inclusão de práticas extensionistas que estimulem o desenvolvimento do letramento em saúde favorecem a formação do estudante de maneira responsável e com responsabilidade de empoderar o usuário do serviço de saúde com informações que previnam agravos, diminuindo o uso excessivo do serviço de saúde (SORENSEN et al., 2020, PALUMBO, 2017, ZHANG, ZHOU, SI, 2019). Compreende-se como rede social um dispositivo de mídia, cujo objetivo é a socialização e o intercâmbio de informações. No Brasil, as mais utilizadas são Facebook e Instagram com 120 e 82 milhões de usuários respectivamente, caracterizando-as como locais potencializadores de disseminação de informação científica de maneira sistematizada, organizada e responsável.

Diante disso, teceu-se um projeto de extensão intitulado “Uso das Redes Sociais para Letramento Científico”, cuja seleção das melhores evidências científicas sobre saúde para traduzi-lo no formato de um livro foi um de seus objetivos. Nesse sentido, o presente livro integra essa primeira etapa, contando com a participação de estudantes de Enfermagem e professores de ensino superior da Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires, localizada em Valparaíso de Goiás, Goiás, Brasil.

O período de realização dos levantamentos científicos está descrito em cada artigo, os quais abrangem tem relevantes para a enfermagem, sejam eles relacionados à pandemia da Covid-19 ou aos cuidados realizados por esses profissionais em diversos contextos. Reitera-se que cada autor é responsável pela veracidade das informações e rigor dos procedimentos metodológicos de cada artigo.

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