Quando eu era criança, queria ser Globeleza, governadora do Rio e escrever um livro de poesia. Nenhum desses sonhos me abandonou por completo, e continuei olhando para eles com amor e toque de surrealismo.
O que está aqui foi escrito em guardanapos, vinte mil cadernos espalhados, no ônibus 485 e em outros lugares inusitados. Com a vergonha de quem se despe aos olhos de um desconhecido, ou de um saudoso grande amor, e com a rebeldia de quem sempre se achou a próxima passista do carnaval. Com segundas e terceiras intenções e, ao mesmo tempo,sem pretensão alguma.
Qualquer coisa entre as linhas desse paradoxo são estes poemas. Ou “quase-poemas”, como eu gosto de chamar.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias