Compõe-se de:
1 - CARTAS INGLESAS (1734)
Durante seu exílio na Inglaterra, Voltaire ficou fascinado com as transformações ali ocorridas. Duas revoluções- a dos puritanos de Cromwell e a de 1688, que restaurou a Monarquia tinham tornado a ilha um país livre: tudo era debatido com a maior clareza, ninguém era preso por suas idéias; cultura e ciência floresciam. As Cartas Inglesas expressam justamente a admiração de Voltaire pela liberdade e tolerância dos ingleses. Entretanto mal chegaram à França, essas Cartas foram queimadas em praça pública por desrespeito às autoridades, à religião, aos bons costumes, e por fazerem o elogio às idéias estrangeiras que subvertiam a ordem. Não obstante, elas foram muito lidas e abriram caminho para o triunfo da filosofia iluminista na França, sobretudo graças à irresistível verve do autor.
2 - TRATADO DE METAFÍSICA (1738)
a verdade, um tratado anti-metafísico que satiriza os que pretendem dar respostas definitivas para os últimos segredos do Universo
3 - DICIONÁRIO FILOSÓFICO (1752)
O primeiro livro de bolso de que se tem notícia. Apesar de proibido e queimado pela censura, teve uma extraordinária difusão. Colocado embaixo de portas, dependurado em cordões de campainha e encontrado nos bancos de passeios públicos, foi um poderoso instrumento crítico, ridicularizando as crenças oficiais-civis e eclesiásticas -os contra-sensos e prepotências do poder
constituído e os costumes dos poderosos. Abriu caminho para o livre-pensar.
4 - O FILÓSOFO IGNORANTE (1766)
"Minha liberdade consiste em andar quando quero andar, desde que não sofra de gota", escreveu Voltaire em O Filósofo Ignorante
atacando os defensores da "verdadeira liberdade". Voltaire preferia a liberdade sem adjetivos e afirmava que a nova filosofia precisava começar por se declarar ignorante e aprender diretamente com a observação do mundo.
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