Xampu

Xampu Roger Cruz

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Xampu


Lovely Losers




Entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90, um pequeno apartamento na zona norte de São Paulo estremecia com o falatório, a gritaria, o tilintar de copos e garrafas e o volume no talo do aparelho de som 3 em 1. Embaralhadas com sons de guitarras, bateria e baixo, as palavras eram quase adivinhadas enquanto saíam, entre tragadas e goles, pelas bocas fumacentas.



A todo instante, novos maços de cigarro, álcool e discos de vinil eram adicionados à combustão que ardia noite adentro. E tudo se repetia no fim de semana seguinte. Alguns voltavam e vinham com amigos que traziam amigos e outros voltavam no mês seguinte. Alguns demoravam a voltar e alguns não voltavam.



Até que ninguém mais voltou.



Eu também não voltei.



Mas ainda me lembro de muitas coisas e conversei com várias pessoas.



Agora, tudo o que eu sei sobre algumas delas está neste livro.



Lembranças dos distantes anos 80.

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Quando o artista se reinventa
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Roger Cruz continua me surpreendendo com sua capacidade de se reinventar. Começou como um dos muitos desenhistas que emulavam o traço de Jim Lee em meados da década de 90. Mais tarde migrou para o "estilo mangá", quando este se popularizou nos Estados Unidos graças ao trabalho de Joe Madureira em The Uncanny X-Men. Paralelamente desenvolveu um versão mais cartunesca de seu traço para desenhar a história Xampu Generation, publicada na extinta Metal Pesado, que anos depois deu origem a ... leia mais

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Raphael Andrade
cadastrou em:
09/06/2010 21:15:38

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