A frase emblemática de Lídia Baís, ecoa. Cercada de mistérios, proibições e busca por emancipação, Lídia teve sua história obscurecida, em parte pelo patriarcado, mais rígido em seu tempo e pela localização geográfica com as peculiaridades de um Centro-Oeste que não acompanhava o modernismo que surgia e modificava a cultura de outros estados brasileiros. Sua vida e seus processos artísticos eram nutridos por paradoxos, cunhando assim obras como "Última Ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo" em que a artista se retratou á direita de Cristo, e a inquietante "Micróbio da Fuzarca", desafiando convenções que mesmo hoje seriam tabus. Sua trajetória foi marcada também pela música e pela filosofia. Lídia segue sendo redescoberta, nutrindo paixões e curiosidades, sua vida e sua obra ganham mais camadas e reverberam significativamente através do tempo.
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