O tigre branco

O tigre branco Aravind Adiga




Resenhas - O Tigre Branco


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FÃBIO 30/03/2024

Muito bom livro. Escrita não rebuscada, com elementos culturais do autor e seu país que enriquecem e despertam curiosidade. Recomendo.
Pedro murangu 30/03/2024minha estante
Nossaaa, que legal, sempre achei interessante esse livro, porém nunca li. Que bom que você gostou :)




Jenni Margiotto 26/01/2021

Um dos melhores livros que já li.
Encontrei esse livro sendo vendido por R$10,00. Gostei que se passava na Índia, então comprei. Me surpreendi com cada pedaço dele. Agora vi que lançaram o filme, foram bem fiéis ao livro. As críticas sociais, visão sobre empreendedorismo e o verdadeiro caráter do indivíduo ao se deparar com situações extremas é o que faz esse livro ser tão incrível.
Aurélio prof Literatura 24/04/2021minha estante
Ele e fantástico mesmo.


Jenni Margiotto 01/05/2021minha estante
?


FÃBIO 06/02/2024minha estante
Também estou curtindo muito. Leitura leve. Narrativa divertida. Contexto de realidades o tornam mais interessante ainda.




Ladyce 16/07/2010

Uma história de sucesso ...
Passamos a semana em discussões sobre a possibilidade de os países do grupo BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China -- formarem um acordo para juntos negociarem com os gigantes do primeiro mundo. Isso me lembrou que em fevereiro deste ano, o meu grupo de leitura se dedicou ao romance vencedor do prêmio Man Booker em 2008: O TIGRE BRANCO de Aravind Adiga [Nova Fronteira: 2008]. Como emprestei o livro imediatamente após a leitura, com forte recomendação, retardei sua resenha por dois meses, até poder reler algumas passagens.

Esse é um romance que se esbalda no humor negro e sarcasmo. Retratada de início ao fim está a história de Balram Halwai, que toma para si a incumbência de explicar através de longas cartas e com tremenda ironia, para o Primeiro Ministro da China, que está com visita à Índia marcada para uma data próxima, “o mundo como ele é”, na Índia. Não é nada bonita a realidade que Balram nos passa e da qual se intitula justo representante. Esse homem, que fez de tudo, incluindo assassinar sem empregador para poder subir na vida, se apresenta como o verdadeiro indiano, produto de um sistema social arcaico, extremamente injusto e feito mais corrupto ainda depois da ocidentalização do país através do colonialismo inglês. Nascido nas camadas sociais mais carentes – habitando um mundo quase invisível para os dirigentes do país, um lugar a que ele chama Escuridão-- ele explica como desde o dia em que veio ao mundo estava, assim como milhões de outros exatamente como ele, predestinado ao fracasso, subordinado às máfias locais, à corrupção dos dirigentes.

O grande trunfo desse romance, seu motor, está na narrativa. O uso da primeira pessoa permite que desde o início os leitores se identifiquem com Balram. Afinal, vemos o mundo através de seus olhos e mesmo que as ações, os valores descritos se mostrem desprezíveis, seu tom, a ingenuidade, a candura com que mostra seus mais deploráveis sentimentos, nos deixa presos entre a simpatia e o desprezo. No final, a narrativa é cativante: ela seduz pela solidariedade. Não podemos evitá-la ao contemplarmos as sórdidas condições de vida de Balram; mas é uma narrativa que nos diverte também quando sua visão simplória do mundo nos mostra um outro ângulo: aquele das necessidades da sobrevivência. Com essa mistura de pontos de vista somos obrigados a perpetuamente reconsiderar o que sabemos, não só sobre a realidade da Índia, mas checar também os nosso valores morais. Há razão para assumirmos que eles são ou devem ser universais?

A ironia é mestra nessa narrativa. A imensa pobreza incomoda e a naturalidade com que somos obrigados a aceitá-la machuca. Mas é uma história de vitória, de sobrevivência, em termos diferentes daqueles que estamos acostumados a considerar, a ver, a aplaudir por exemplo no cinema americano. Somos colocados diante dos mesmos paradigmas das histórias de menino pobre que chega a mega empresário apesar de todas as dificuldades que lhes são impostas. Mas o protótipo dessas histórias não é válido para essa realidade, a história de Balram é diferente, e temos que julgá-la e julgar os nossos preceitos, os nossos preconceitos e valores, apesar de, no final, os resultados serem muito semelhantes aos que conhecemos dos heróis cinematográficos.

Esse é um livro para ler e pensar. Recomendo sem restrições. Um dos melhores livros lidos recentemente. Não perca tempo, abra suas páginas e garanto que a leitura será inesquecível.
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vicqs 07/02/2021

O mais raro animal da selva
?Acredito que valeu a pena saber, por um dia, uma hora, um minuto que fosse, o que significa não ser escravo?

?Pois eu consegui! Fugi da gaiola?

?Posso lhe garantir que ninguém se lembra tão bem de sua escolaridade como as pessoas que tiveram que sair da escola?

Mas de fato, eu me senti um barro meio cru! Balram me mostrou o verdadeiro significado do tigre branco. Jamais havia lido um livro que se assemelha tanto a realidade brasileira, isso é de partir meu coração! Eu senti toda intensidade do início ao fim, houve momentos que tive que parar, chorar, respirar para entender o quanto aquilo me fez refletir sobre tudo o que vivemos! Me senti hipnotizada e no fundo tudo o que eu queria era que todos fugissem da gaiola!
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Elane.Medeiross 24/07/2021

Corrupção, castas e pobreza, são alguns dos temas abordados nessa obra, que narra a história de Balram, um homem de aldeia, semianalfabeto que se torna motorista de um ricaço e assim inicia a história do Tigre branco.
Um livro repleto de críticas sociais sobre o países mais populoso do mundo, a Índia.
A leitura vale muito a pena, principalmente pela experiência de uma outra cultura tão diferente da nossa.
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Henrique Fendrich 26/10/2020

É uma espécie de "Crime e Castigo" da Índia, transposto para a realidade de desigualdade daquele país (que não é tão diferente da realidade brasileira, afinal). Aqui, o crime não encontra a sua justificativa em alguma inquietude metafísica e existencial, mas na necessidade prática do personagem em sobreviver, negando com isso a posição animalesca a que estava destinado pelo seu próprio nascimento em uma casta baixa.

O personagem usa a poderosa metáfora do "galinheiro" para expressar a realidade de exploração da sua classe. A realidade do galinheiro estava tão entranhada na sociedade que as suas próprias vítimas se comportavam como se essa fosse a única realidade possível. É muito interessante a constatação de que a perpetuação do galinheiro era um fenômeno que acontecia também pelo lado de dentro. Pois o personagem decidiu sair do galinheiro!

Não conseguiu fazer isso, não conseguiu se tornar um homem sem trazer nas costas uma morte, mas também é bastante interessante a sugestão de que os outros, isto é, as classes mais abastadas, construíram e mantiveram os seus impérios por meio de muitas outras mortes, ainda que mais sutis e silenciosas, mas nem por isso menos cruéis. Ele, no entanto, havia precisado de uma única para conseguir "mudar de lado" e ter uma vida mais decente.

Naturalmente, tudo isso demandou também uma série de corrupções. Aqui, mais uma vez, a realidade apresentada lembra a do Brasil, onde o dinheiro é quem dita quem será ou não punido, quem terá direitos e quem estará condenado a uma vida praticamente animalesca.

De início, achei que seria um livro essencialmente humorístico, praticamente um besteirol com acento crítico. Houve, de fato, umas sacadas divertidas no início, mas conforme a leitura avançada eu fui percebendo que não era tão engraçado assim, que era inclusive bastante triste, e aí o interessante já era mais a história do que as piadas e os recursos estilísticos.

Ainda assim, também esses recursos são originais e bem engendrados. O personagem, que é também o narrador, apresenta-se com aquela certa dose de loucura que muitas vezes é o único meio possível para se dizer as verdades inconvenientes, mas necessárias.

Acompanhamos o pobre Balram como motorista de uma família privilegiada e percebemos nas constantes humilhações que ele passa muito daquele espírito de "você sabe com quem está falando" que tão bem caracteriza o comportamento de certa elite também do Brasil.

O crime de Balram foi um meio de ajudar a "meritocracia", que por si só seria incapaz de fazer com que ele crescesse na vida. Outros crimes seriam necessários para mantê-la.

O Brasil, realmente, tem mais em comum com a Índia do que gostaria de admitir.
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Bruno Malini 11/04/2023

Esperava bem mais
Interessante mas também repetitivo e com alguns clichês. A desigualdade na Índia é realmente assustadora e seus efeitos duradouros. Quero ver o filme.
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Suelen 30/10/2021

O Tigre Branco
Escolhi esse livro super ao acaso e sem saber que tem um filme. Eu simplesmente amei essa leitura e merece 5 estrelas.

Apesar de um monólogo em boa parte do tempo, a leitura não é cansativa.

O livro aborda temas sociais da vida indiana, castas, abusos trabalhistas, entre outros.
Mostra como um motorista sobe na vida por métodos errados e como ele se torna um empresário a custa da morte de sua família (imagino que provavelmente isso tenha acontecido).

Achei uma ótima reflexão sobre como a escala social funciona na Índia e a disparidade entre o mundo de castas. Me fez refletir que o mesmo acontece em outras culturas onde o trabalhador trabalha em condições precárias e sobre a riqueza ser concentrada numa pequena parcela da população.
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Sandramithy 07/06/2010

Um leitura imperdível.
Um romance fantástico narrado por um cativante e pobre indiano Balram Halwai, que vai se corrompendo ao longo da vida para se dar bem e melhorar de vida. E por meio de cartas ao primeiro ministro da China, nos mostra o outro lado da Índia, sem gurus, misticismos, as verdadeiras ruas de Delhi. Aravind Adiga descreve de forma peculiar, um relato realista, com humor irônico e sarcático, que nos arranca umas boas gargalhadas. Um excelente livro.
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Nana 11/06/2010minha estante
Oi Sandra! Vi sua resenha sobre o livro e me despertou curiosidade.Já vou colocá-lo nos meus desejados...rsrs. Bjus




Fer 04/09/2023

Muito bom
Gostei muito desse livro! Fiz várias marcações em trechos que ele conta sobre a cultura, pensamentos, ações, dos indianos. Foi um livro que projetou a minha mente. E foi uma leitura fluida, bem agradável
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Vitu 24/06/2021

Ágil e sarcástico na medida certa
Uma leitura muito rápida de ser feita. Eu assisti o filme primeiro ( no qual curti) e posso dizer que é bem fiel. O livro contém uma escrita ótima e super facil de ser lida. Adoro como o autor é ácido, sarcástico e não poupa ninguém em suas críticas. A forma como aborda a Índia é bem interessante e da pra se compreender um pouco sobre o funcionamento daquela sociedade, abordando os mais diversos temas e trazendo reflexões importantes.

A história é ok. Acredito que por ter visto o filme antes eu ja sabia o desenrolar, então não fiquei surpreso nem nada. No entanto, não deixa de ser boa por isso. Leitura agradável.
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Eduardo1304 13/03/2022

O tigre branco é um animal raro.
Essa é a história que o tigre branco conta na longa carta endereçada a Wen Jiabao, primeiro-ministro da China, que, segundo os noticiários, iria à Índia com a missão de observar de perto o desenvolvimento empresarial do país, a carta de Balram vai muito além Nela, um narrador desbocado politicamente incorreto, sem qualquer pudor, mas muito envolvente, faz críticas às relações humanas especialmente entre classes sociais , aos princípios morais e à organização da sociedade, de seu país e do mundo contemporâneo.
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Fer 06/12/2020

Demora um pouco para engrenar na leitura, mas logo você se vê querendo saber mais sobre a história sombria de Balram e o abismo social e cultural da Índia.
Indico!!
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Luiz Pereira Júnior 06/03/2021

A desigualdade nossa de cada dia...
Sim, eu confesso: mais uma vez fui influenciado pela propaganda.
Explicando melhor: um dos critérios que tenho para comprar livros é escolher dentre aqueles que ganharam algum prêmio importante (desde que o assunto também me interesse, é claro). Assim sendo, em 2011, comprei “O tigre branco”, que logo entrou na minha lista de livros para ler. E, para falar a verdade, por lá ficou.
Anos se passaram e eis que a obra foi transcrita para o cinema (melhor dizendo, para o streaming). E, como sempre, meu lado leitor ganhou do meu lado espectador. Resolvi ler o livro antes de assistir ao filme.
E agora vem um chavão: superou minhas expectativas.
Uma narrativa agradável de ser lida pela fluidez dos acontecimentos, mas com uma enorme crítica social (outro chavão), e que pode ser aplicada a qualquer lugar do mundo. Personagens bem construídos com um quê de arquétipos (o rapaz que foge de uma situação miserável em busca de sucesso financeiro e de status social... o primeiro livro que me veio à mente foi “Grandes esperanças”), mas, ao mesmo tempo, original em sua forma de ver um mundo sob aspectos tão contraditórios.
Enfim, o retrato da ascensão social de um jovem por meio de um crime enquanto observa o mar de lama ao seu redor (mas não se engane, caro leitor, ele próprio mergulha no mar de lama, despojando-se de sua ingenuidade – se é que houve isso no processo de amadurecimento do rapaz). Então, esse é um romance de formação? Pode ser, mas não no sentido do mocinho ingênuo se tornando um adulto magnânimo, bondoso, altruísta. Neste aspecto, talvez o termo adequado seja “romance de deformação”.
Outro aspecto que me deixou estarrecido foi a relação do protagonista com a família. Em que pese o amor dele ao pai e a via-crúcis que ele enfrenta (sem spoiler), o relacionamento dele com a avó (melhor dizendo, da avó com ele) é absolutamente chocante, porém completamente plausível.
A construção do personagem ambíguo que é essa senhora é um dos melhores aspectos do livro. Interesseira, sim, mas quantas mães e avós do mundo inteiro precisam que seus netos e filhos trabalhem, pois ou há estudo ou há comida na mesa? E isso é muito bem retratado no livro, sem pieguismo, sem idealização, sem utopia, mas de uma forma crua, realista como algo que existe no interior da Índia, da Ásia ou em qualquer outro lugar em que haja uma família passando fome (e, sim, pode ser que haja alguém passando por isso mais perto de você do que você mesmo imagina).
Finalizando, “O tigre branco” é um daqueles livros difíceis de resenhar, de opinar, pois qualquer frase, qualquer palavra pode levar a um spoiler e estragar o assombro de ver retratado algo tão comum a nossos dias, mas que parece inexistir por estarmos anestesiados ou meramente cegos: a extrema desigualdade de nosso mundo e todo o seu cortejo de horrores...
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