Lanny 30/07/2023
Teve seus momentos
De modo geral, eu diria que esse livro é chato. Chato, chato, chato... Li rápido porque me forcei a isso, se não, ficaria enrolando até não aguentar mais e terminar pra me livrar.
Cassandra é uma ótima construtora de relacionamentos. Amos vários casais de todas as séries do universo Shadowhunters, mas Malec não é um deles e sinto que esse livro é só uma forma de satisfazer os fãs do casal.
Acredito que os livros de Cassandra sejam tão bem sucedidos por conta da quantidade grande de personagens e as intricadas relações que existem entre eles e deles com o objetivo final.
Tipo, precisa derrotar esse ser do mal. Vamos dividir tarefas, tu faz isso, tu faz, isso e tu faz isso. Eles se dividem, cada um segue pra um lado, faz o que tem que fazer, se encontram e discutem o que foi feito. O que deu certo e o que deu errado e como refazer.
Aqui, apesar da presença de Jace, Clary, Simon e Isabelle, a ação é concentrada em Alec e Magnus. São eles que fazem a diferença final. (Tá, sei que o livro é deles e é por isso que eu digo que é feito para fãs).
Uma outra coisa é que, para dar certo, essa série talvez devesse ter sido escrita só pela Cassandra. Essas colaboração com o Wesley abre espaço para uma coisinha chamada: inconsistência de caráter dos personagens.
No livro um eu já tinha sentido isso em relação a Alec e aqui aconteceu de novo. Alec não é essa pessoa super confiante e que acredita 100% nele mesmo, em Magnus e neles dois como casal. Alec mostra insegurança, principalmente quando se trata de antigos relacionamentos de Magnus. Sai de característica.
Outra coisa que me estressa é... Toda vez que a Cassandra escreve Jem e Tessa nessas histórias atuais, ela destrói um pouco mais o casamento de Will e Tessa. De início, eu achei fantástico essa reunião Jem e Tessa anos depois, mas com cada cena nova e fala de pessoas que estão ao redor, meu encanto por esse caminho perde um pouquinho o brilho. Porque lá no início eu via isso como "Uma segunda chance para amar na vida". E essas histórias me deixam com a amarga sensação de "Finalmente vou viver minha história de amor". Como se o casamento com Will tivesse sido algo que ela aceitou por não ter quem ela queria de verdade. ?? Não era isso que eu queria para nenhum dos três.
Mas eu disse que teve seus momentos. Então, as cenas em que Magnus lembra como conheceu Ragnor e sua amizade. E "cacos" que se conectam com Os Artifícios das Trevas são pontos bons do livro e por eles eu deixei a nota em 2,5. Sem eles ia ser um sofrível 2.
E também Samael. Não gosto de vilões. Primordialmente por causa de seus discursos de grandeza e arrogância. Samael foi diferente disso. Ele é poderoso, sabe que é e não tem necessidade nenhuma de alardear isso. Super tranquilo, aguarda seu momento e tem consciência de quem é e do que vai fazer e por quê. Gostei disso nele, o que é raríssimo pra mim.
Dificilmente vou ler o livro 3.