Entrelivros_efilho 29/05/2024Harriet e Wyn eram o casal perfeito desde a faculdade, até não serem mais. Eles terminaram e não conversam mais há 5 meses e ainda não contaram para seus melhores amigos.
Todo ano, junto dos melhores amigos eles passam uma semana no Maine, mas esse será o último porque a casa será vendida e para não estragarem as férias dos amigos no seu lugar favorito, eles decidem fingir que continuam juntos, afinal, não deve ser difícil fingir por apenas uma semana.
Apesar do início lento, em comparação com os demais livros da autora (fora o lançamento – Nem te conto, que ainda não li) a meu ver esse é o que foi melhor desenvolvido, a construção dos personagens que são tão reais e imperfeitos nos traz um misto de identificação com as escolhas que fazem enquanto lidam com a vida adulta, e de nostalgia, por lembrar as amizades que cruzam o nosso caminho no decorrer da vida e que proporcionam momentos inesquecíveis.
Intercalando passado e presente, a narrativa entrega aos poucos a história de Harriet e Wyn, e mesmo ambos sendo cativantes, não nego que revirei os olhos várias vezes porque nem parecia que eles tinham 30 anos devido a infantilidade em certas situações, mas ainda assim, torci, me emocionei e fiquei feliz pela forma que tudo se resolveu, afinal, eles são perfeitos um para o outro, impossível existir outro final.
Emily sempre entrega personagens reais, imperfeitos e que enfiam os pés pelas mãos e se perdem, mas que também aprendem com seus erros e amadurecem enquanto lidam com as consequências de suas escolhas, e ao acompanhar a amizade desse grupo de amigos que tiveram seus altos e baixos e aos poucos se fortaleceram e aprenderam com seus erros, fazemos várias reflexões, uma delas é de como nós mesmos complicamos a nossa felicidade, tem coisas que se resolveria tão facilmente, mas escolhemos dar uma longa volta até entender que se formos sinceros conosco mesmo, tudo seria mais simples de resolver.
Meu favorito ainda é Loucos por livros, mas adorei acompanhar Harriet e Wyn encontrarem o caminho de volta não só um para o outro, mas para si mesmos.