Gui 04/12/2023
? Um leão ? ronronou Lyr. ? Meu leão dourado.
Sou muito suspeito quando o assunto é fantasia. Uma parte enorme e muito latente minha gosta da maioria das fantasias que leio, quase como se tivesse um magnetismo me ligando nelas.
Mas Príncipe Partido é uma fantasia diferente. Especialmente diferente.
Para começar, falar desse livro aqui sob um olhar mais crítico e literário para mim é, sem dúvidas, destacar os elementos e os traços de literatura gótica que sempre me fascina. A descrição muito detalhada, rica e cheia de detalhes as vezes cansa, mas aqui é feito de uma maneira que o cansaço quase passa despercebido. Quase, porque, se você ler como eu (devorando todas as páginas em dois dias) você vai sentir o cansaço, sem ter para onde fugir. Os protagonistas, que sai uma antítese, sol e lua, fogo e gelo, verão e inverno, claro e escuro, cativam desde a primeira página, desde o primeiro livro, pra ser sincero, e aqui eles estão melhores do que nunca. Creio que, para mim, as últimas cenas de ação, especialmente do arco de conclusão, ficaram um pouco confusas, o que me tirou um pouco da experiência final.
Agora, falando como fã: fiquei obcecado. Andras e Aeselir são duas potências de personagens, inseridos em uma potência narrativa: não tem outro resultado, a não ser, uma potência de história. Com direito a momentos de tensão, muito sangue, magia, frases envolventes e metáforas de deixar os olhos marejados. O amor dos dois consegue ser melhor que todo o universo e toda a trama que os personagens estão travando, uma jornada de dor e superação que me deixou emocionado em diversos momentos. Eu leria, sem dúvidas, muitas histórias nesse universo, apesar de estar satisfeito com a conclusão da história de Andras e Aeselir. Porém, pra mim, tem muita coisa interessante para ser explorada.
Dito tudo isso, preciso dizer que o primeiro livro, Lebre da Madrugada, para mim, é melhor. Então, para concluir, não acho que Príncipe Partido consegue superar, apesar de ser quase perfeito.