Resenhas - Um conto para ser tempo

Lenas 09/05/2023

Ikiru shikanai
Um livro sobre conexões e relações inesperadas, e sobre como juntar os pedaços da história nem sempre nos leva a uma conclusão satisfatória, mas que a jornada em si é a recompensa.

Sobre a natureza, o Homem e as adversidades, e o quanto é necessário enfrentar só para viver um dia de cada vez.

E também sobre a coragem que nós normalmente não sabemos que temos até que alguém nos ajude a enxergar.

Duas histórias que se encontram de uma forma lindamente escrita e prazerosa de se ler. Recomendo!!

Larissa Tabosa 23/07/2023

Terminei a leitura, mas não entendi o que li e por causa disso sinto-me burra. Não tenho inteligência suficiente para esse tipo de livro. Só de lembrar fico me sentindo ainda mais burra.

Porém, amei a história da Nao. Se o livro todo fosse só a história dela, o diário dela, teria sido algo bem melhor e minha nota seria com certeza cinco estrelas. Agora a parte da Ruth e toda a baboseira (desculpe, mas pra mim foi só isso) de ser-tempo e aquelas divagações chatissimas sobre animais e melecas do oceano, pela deusa, que história chata e maçante. Fosse só a Ruth eu teria abandonado esse livro.

A escrita é primorosa, um deleite, é como ler poesia em prosa, se é que faz sentido. O audiobook então, maravilhoso, amei a narração da Nao. Ruth segue sendo apenas a Ruth.

Ah, tem muitos gatilhos: bullying, estupro, suicídio, guerra, prostituição, violência... Bem leve!

Tassi 28/01/2023

uma boa surpresa
quem diria, esse livro me chamou atenção pois é de uma editora que tenho muito apresso, mas ao começar a ler imaginei que não iria gostar, e que surpresa! A escrita é muito boa, quando eu pegava o livro pra ler a leitura era fluída e imersiva, a história em si é algo que te ajuda a prosseguir. Ao chegar no final gostei de descobrir similaridades da história com a vida de autora. Como ela mesmo diz nos agradecemos acho que esse livro é mais sobre representatividade, ela queria ter um romance com o zen budismo inserido e foi lá e escreveu. Não sei se peguei as nuances da história kkkkk, mas a minha nota basicamente é pela escrita, pelo fato de ter gostado muito dos personagens e dos acontecimentos que envolvem os mesmos. Confesso que a história da Ruth é a que saio da história sem entender muito bem o porquê. Desconto algumas estrelas pois achei um pouco demais oque a Nao passou, sei que é real, que isso realmente existe,mas por vezes tive que parar a leitura porque pra mim foi demais. Pra quem estar vendo essa resenha, tomem cuidado pois pra quem tem gatilho com bullying (beem pesado) pode ser algo que esse livro desencadeie; e também pelo fato que já disse que talvez não absorvi direito a parte da Ruth. Enfim adorei a leitura foi algo que me tirou da zona de conforto e que gostei de ter feito!

Isa 30/01/2023

Ótimo
Lá estava eu andando pela livraria por mais de meia hora, tentando encontrar um livro que me tirasse da ressaca literária. Acabei levando dois e esse foi um deles. Não sei o que foi, mas algo estranhamente me atraiu nele assim que vi o título em meio aos mais variados livros.

Foi a minha primeira leitura que tem relação com a cultura japonesa. Fui me surpreendendo a cada página e aprendi até algumas coisas sobre o Japão.

Não esperava um livro pesado, com tantos gatilhos e uma história tão complicada sobre a vida de uma adolescente que teve sua trajetória completamente mudada.

As cenas de caos, a forma como os pensamentos e sentimentos foram representados ao longo do livro me cativaram e me deixaram completamente absorta.

A única coisa que não gostei no livro, foram as explicações longas demais sobre coisas que, na minha opinião, não eram tão relevantes na história. Detalhes demais sobre questões de Biologia e natureza que, às vezes, não agregaram muito.

De qualquer forma, o livro é ótimo e recomendo, mas tenham conhecimento de que o livro pode ter gatilhos BEM fortes.

yoshii 23/02/2023

Um conto para ser tempo
Geralmente, não leio a sinopse do livro antes. Por isso, fui surpreendida por uma história com vários elementos históricos que se entrelaçaram.
A protagonista Ruth encontra um diário e cartas vindas do mar. Assim, depara-se com a história de uma adolescente japonesa que passa por momentos muito difíceis, envolvendo ijime e suicídio. Dentro da história da garota, vemos desdobramentos de seus antepassados e a história ganha ramificações que enriquecem a narrativa central, abragendo a Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, ao desastre de Fukushima.
A autora traz assuntos importantes, como o apagamento histórico dos crimes de guerra japoneses.
Por sua bagagem, conseguimos ver o viés diaspórico da abordagem da autora em relação ao Japão.
No final, a autora ainda traz física quântica para explicar os acontecimentos, mas, para mim, era até desnecessário (porém, muito interessante).

Mialle @mialleverso 20/01/2023

Um ser-tempo é alguém que vive no tempo, e isso inclui você, eu e os personagens de Ruth Ozeki em Um Conto para Ser Tempo, mas não precisa se preocupar com isso agora, Nao vai explicar tudo bem melhor mais tarde enquanto conta sobre sua vida no Japão, sobre sua decisão de acabar com tudo e sua bisavó que é uma monja. O diário de Nao acaba parando numa praia e é encontrado por uma escritora chamada Ruth que vive numa ilha no Canadá.

Antes de qualquer coisa, fica o aviso de gatilho para você, que pode estar lendo esse texto de qualquer lugar dos mundos, tem suíc**io, tem bul**ing, tem violência contra animais, tem guerra, tem crise existencial e abuso e talvez eu tenha esquecido de alguma coisa.

É um livro complicado e muito bom. Nao é uma personagem memorável, com uma narração muito interessante e seu ponto de vista é muito cativante, suas partes no livro são as melhores e desde a primeira página ela prende a atenção do leitor. Nao passa por muitas coisas e algumas vezes pareceu que o sofrimento da personagem era maximizado demais em situações terríveis para justificar algumas atitudes e decisões que ela toma.

A autora tem uma forma de escrever que é encantadora e muito envolvente quando se trata de Nao e alguns outros personagens como a bisa de Nao.

Em contraponto temos a mulher que acha o diário de Nao e fica meio obcecada com isso. Ruth não é uma personagem carismática ou interessante, quase todas as suas partes no livro são cansativas e só são instigantes quando ela estava realmente falando sobre ou tentando buscar alguma informação da garota do diário que ela encontrou.

A autora acaba tocando em muitos temas como as dificuldades de se nascer em um país diferente, a segunda guerra mundial, questões climáticas... Ruth Ozeki quis marcar uma checklist completa de assuntos para abordagem chegando até assuntos que não precisavam ser mencionados e até prejudicaram o texto ali pelo final com uma explicação longa e desnecessária que quebrou o clima nas últimas páginas.

E mesmo assim, Nao compensa a maioria das falhas que eu poderia apontar, eu poderia apontar mais coisas na verdade, mas Nao realmente é uma personagem que eu não vou esquecer tão cedo e vou me lembrar de sua história e por ela eu recomendo a leitura de Um Conto para Ser Tempo.

"E se decidir não ler mais, ei, sem problemas, porque então não era por você que eu estava esperando, mesmo. Mas se decidir seguir com a leitura, então, adivinhe? Você é meu tipo de ser tempo e, em conjunto, faremos mágica!"

Izabella 16/04/2023

Nao é a única com o supepaué de me fazer terminar o livro.
Ruth é totalmente descartável na história. No final lançaram um papo metafísico pra ela ter um propósito no livro, afirmando que ela impediria o pai de Nao de cometer suicídio por ser um ser-tempo.

Sofri para terminar, tive que me forçar a concluir. Quando Nao passa para o fundo do poço com o bullying, passa a se prostituir(?) por influência de uma conhecida do café.

Mas com a mesma facilidade que entra, abandona a prostituição. Uma única cena tida como relevante, na minha opinião, é que em um dos encontros com um homem, ele se veste com as roupas dela e ela com as dele. Então Nao começa a agredi-lo como parte do jogo sexual.

Nesse momento, ele permite que ela o faça, mas interrompe dizendo que ela estava somente machucando a si mesma.

Nao passa o livro inteiro encarando o pai como um fracassado e que se ele tem vontade de se matar, "se mate logo e faça direito".

Somente próximo ao fim do livro alguns pontos mal esclarecidos aos personagens vão se solucionando após a morte de Jiko.

Honestamente? Pareceu atrasado. Um acúmulo de soluções que poderia ter sido criadas gradativamente para manter o interesse do leitor.

No fim, há uma série de apêndices para explicar alguns temas dispensáveis e que mais parecem divagações da autora.

Daniel1841 16/12/2023

Leitura envolvente!
O livro 'Um conto para ser tempo', de @ozekiland, foi um leitura encantadora. Nele, testemunhamos a intricada conexão entre as vidas de Nao, uma jovem japonesa, e Ruth, uma mulher do Canadá, que vive em uma região quase remota.

Ruth descobre Nao através de um diário que "acidentalmente" encalha na praia onde vive. A leitura desse diário parece sincronizar as vidas delas, mesmo que logicamente isso seja intrigante.

O livro também explora conceitos Zen-Budistas e apresenta histórias envolventes de outros personagens, destacando que a vida pode não ter soluções fáceis, mas as coisas podem se ajustar. Apesar das dúvidas, a esperança persiste.

Ah, e essa dica de leitura foi lá do canal no YT do @glauciogoncalvez

Além disso, destaco a maravilhosa capa. Parabéns @editoramorrobranco

@mundo.da_jheni 19/02/2024

Um conto para ser tempo
Naoko e Ruth, duas protagonistas em vidas paralelas que nos levam ao enredo da história.
A história que nem sempre é o que esperamos, mas tem que terminar, as vidas e o ser-tempo que escrevem suas histórias no mundo, e ficam na lembrança, as vezes em vida, outras após a morte, mas que na maioria das vezes são lembradas.
Livro genial.

Nicole @persuasao_literaria 12/06/2023

Que história doida!
Me senti em um Paradoxo temporal lendo esse livro.
Na leitura temos a Ruth que encontra um livro com a história da Nao. E a gente faz uma leitura conjunta, eu e a Ruth, tentando entender a vida da Nao.
Cara é uma viagem, é poético, científico, emocional e profundo.
No geral é um livro bem bom pra quem gosta de histórias na vibe " Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo".

?? Gatilhos/Aviso de Conteúdo:
? Bullying
? Ideação suicida
? Tentativa de suicídio
? Agressão sexual
? Relação adulto/menor
? Guerra

orul82 31/07/2023

Er
Vamos lá, acredito que a autora tenha pecado nos seus próprios povs. Simplesmente é muito difícil de ter vontade de ler o livro sem ser a perspectiva e ponto de vista da Nao.

Ruth é simplesmente chata, nada sobre a visão de realidade dela (mesmo sendo igualmente o que acontece com a Nao), me fizeram gostar da mesma. E isso pode ter sido um grande empecilho para a construção da história em si.

Acredito que o que tenha me incomodado mais, fora a introdução do elemento paradoxo somente no final do livro. Acredito que cortou totalmente o clima de onde acreditei que a história estaria me levando. Sem isso, toda vez que tínhamos a Nao como narradora e várias menções gráficas de abuso psicológico, físico, visão de mundo, etc. Eram fascinantes.

Rosonnn 05/01/2023

Livro e personagens que ficam em você
Ler esse livro foi uma boa experiência. Os personagens e seus pensamentos são o foco.
A parte da Nao, a mais interessante, as vezes era difícil de ler por tratar de temas tão difíceis, como suicídio e bullying. Ela escreve de um jeito cru e sem filtro. Mas é impossível não gostar quando ela escrevia sobre a Jiko, que é a melhor personagem, ela parece até real.
A narrativa da Ruth as vezes era bem devagar, mas quando engatava era muito boa.
O diário do Haruki foi uma grande surpresa, minha parte favorita do livro, assim como as que envolviam o personagem e a Jiko.
A narrativa é ótima, flui bem. Uma parte no final não me agradou, mas gostei do desfecho. Acho que faltou algumas explicações.
Esse livro me fez "pensar pensamentos". Não é perfeito, mas mergulhei na leitura e gostei.

Luisa 21/03/2023

O que significa estar ligado a alguém?
Tudo no universo está mundando constantemente, nada permanece igual, e devemos compreender como o tempo flui depressa se quisermos despertar e, de fato, viver a vida.
- É isso que significa um ser-tempo [...] - E de repente, você morre.

Será que nós todos estamos ligados a alguém a ponto de mudarmos a trajetória da vida do outro?
É o que acontece com Nao,uma adolescente japonesa de 16 anos depressiva e Ruth, uma romancista que na qual se encontra sem esperanças de terminar seu ultimo livro.
Em meio a sonhos, lembranças, leituras e muito esforço, Ruth se encontra mergulhada nas histórias de Nao, sem saber ao certo se essa garota existe,se está viva, se está bem...
O livro em si tem uma pegada extremamente forte da realidade de Nao, com o bullying, autossabotagem e suicídio, então,pra quem for sensível, é bom esperar um tempo para começar a ler.
No meu ponto de vista,a história fala sobre não perdermos tempo, pois o tempo passa mais rápido do que imaginamos, e se consegue fazer algo hj, pra que deixarmos pra amanhã? (caso estivermos dispostos fisicamente e mentalmente pra fazer, é claro)
Existem tantas cosias que gostaria de escrever sobre o livro,mas acho que nada consegue converter em palavras o sentimento que tive quando saboreei cada palavra,frase,parágrafo e texto que esse livro possui, então, deixo pra vocês essa curiosidade.
Ps: pra quem gostou do filme Your Name, o livro tem uma pegada semelhante ao filme

Lais Souza 25/04/2023

Uma surpresa positiva, foi uma experiência diferente, muito tocante quase espiritual, apesar de ter sido bem pesado foi bom acompanhar a história da Nao, me senti tão impotente vendo todo aquele sofrimento dela queria que tudo aquilo acabasse logo e ela pudesse ficar bem, só não vi muito propósito em toda a parte da Ruth, acho que toda a questão embaralhamento quântico entre elas era pra ser um processo de cura para as duas, mas achei que ficou bastante unilateral, gostei do epílogo só queria que fosse maior e contasse um pouco mais do "futuro" delas, seria também interessante um segundo livro contando a história da velha Jiko, enfim foi uma leitura muito boa, daquelas que você vai se lembrar pra sempre.

Renata 18/05/2024

Gosto da escrita meio poética e aparentemente inspirada em fatos autobiográficos - afinal de contas, as melhores histórias são aquelas que vivemos.

O contraste das culturas oriental e ocidental parece ser um marco constante na obra, e gosto como a cultura oriental não é romantizada ou idealizada - a questão do bullying, dos preconceitos e convenções sociais, a humanização dos soldados kamikazes, a realidade sobre os ?cafés? e bairros mais pobres no Japão.

Achei linda a parte mais zen, tendo Jiko como protagonista. Chorei lendo o diário de Haruki #1. Muito entranho foi a discussão final sobre física quântica e mundos paralelos (praticamente uma introdução a um outro livro que li: ?Mil pedaços de você?, de Claudia Gray). E o mais irritante (e o que valeu um ponto a menos na nota): esse final inconclusivo - a gente passa o livro inteiro com uma expectativa que não se concretiza.

?Prefiro muito mais saber, mas, é verdade, o não saber mantém todas as possibilidades abertas. Mantém todos os mundos vivos?.